"O DIABO PODE CITAR AS ESCRITURAS ". Shakespeare.
"O diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém." Shakespeare.
Quem sabe, com responsabilidade intelectual, sabe, que o comunismo, ou mesmo sua corruptela, o socialismo, não é um ideal perfeito, por não serem factíveis. Nem seria necessário justificar com a ausência das liberdades fundamentais. Basta o empirismo lógico.
A prova é a derrubada das balizas comunistas e socialistas, que mesmo testemunhada pelo tempo, alguns primaríssimos, querem reeditar. Mas o insucesso se repete e se agiganta, no que chamam de democrático e progressista; a urna, o sufrágio universal, o voto.
Nenhuma dessas castrações da vontade deu certo, nenhuma ficou de pé, só com o sabor da fome e amordaçamento da expressão, como em Cuba.
Que o digam, paradoxalmente, duas inteligências que seriam opostas, Gorbachev, Primeiro Ministro Soviético, e Papa João Paulo II, que calaram o comunismo em episódios históricos. Mesmo os grandes redutos dessas ideologias, hoje, abraçam o mercado. Há nessas nações, Rússia e China, livre iniciativa e propriedade privada.
Aqui uma boa resposta contra tramas das “instituições” aconteceu nas eleições municipais. Na terça a resposta veio mais forte dos EUA, balançou o mundo geopolítico. E sedimentou de vez a recusa às restrições dos direitos fundamentais.
Produz a vida suficiências, conhecimentos e desserviços. Quem desserve e não educa com a educação conquistada, por ser deseducado, antes recusa a educação, a combate, rejeita a civilidade disponível a todos, reitera e define parvidade em existir. É um gosto que fica sequencial na vida, e aflora na jornada, pontua os passos do obscurantismo e lança ao redor palavras e gestos. É assim a história. A informação define conhecimento ou não. São necessários filtros. E a justiça os coloca nos tribunais, sustentada nas leis (hoje recusadas), chamando os responsáveis às suas barras por condutas, atos e gestos. O fiel da balança pode levar à disfunção na apreensão, mas não permite afrontas, injúrias pessoais e desvios de conduta, irresponsabilidade, QUANDO A JUSTIÇA É SÉRIA.
É assim, deve ser assim, ou deveria ser assim.
O QUE É COMUNISMO?
Seria (condicional) a inexistência do Estado pela harmonização absoluta das classes e igualdade plena entre os homens, meta impossível, pura ficção. O homem é igual como pessoa e diferente em dons.
Pela cassação das liberdades tentaram justamente a oposição de seu ideal impossível, o aperfeiçoamento da sociedade a ponto de chegar à desnecessidade do Estado, à anarquia que significa "ausência de governo", o sentido de felicidade plena. Uma sociedade de deuses.
A palavra grega anarkhia, estado ideal do bem comum, ausência de Estado, FICÇÃO DEMOSTRADA PELA HISTÓRIA, é contra a divisão de classes e opressão de uns sobre os outros. Simploriamente é entendida pela compreensão vulgar como política em que a constituição, o direito e as leis deixam de existir. SUPRIME-SE O ESTADO.
Em sentido contrário OCORRENTE, o Estado restringiu e dominou, e matou; o Estado comunista.
E sob essa bandeira cassaram-se as liberdades todas. Mas por mero tom personalista de exceções conhecidas. Essas inclinações sucumbiram todas em passado recente, restam poluições em algumas cabeças reticentes e desfavorecidas. Sob outras nomenclaturas, ou não.
E o quê precisamos em nossas vidas fora alegrias e saúde almejadas, felicidade enfim? De isegoria que vivemos, aqui por exemplo, espaço mais que público e simplório, onde insciência e ciência, opiniosos e mediadores princípios são debulhados na peneira de exegese diminuta ou não, acanhada e estreita, ou alargada e dimensionada. São posições lançadas nesse laboratório vivo que hoje circula o mundo, internet, veiculados por meios e modos, como princípios gregos da isegoria, parâmetro da igualdade do direito de manifestação, na eclesia, assembléia de cidadãos, centro da discussão da cidadania. Mas o que seria esse veículo, internet, diante da literatura, que não entendo como arte, mas como reportagem histórica?
Responde João Ubaldo de sua vasta obra: “Não me encaro como um homem de letras. Tenho enorme tédio por essa tal de literatura”. DIGO O MESMO. Por isso creio ser a comunicação a verdadeira espinha dorsal do ato de escrever, arte é outra coisa. Direito de manifestação que essas excentricidades querem controlar e amordaçar.
Por isso incide a isegoria onde todos têm a mesma liberdade para manifestarem-se, SEM CONTRARIAR O INTERESSE, O DIREITO DOS OUTROS de expressão.
PS ~ O tema se dirige a ideias, não a pessoas governantes ou aspirantes do Poder.