Rio de Janeiro: Memória de um Amor Ferido

O Rio de Janeiro, essa joia cultural que tanto amamos, parece distante do que um dia foi. Lembro-me dos tempos em que caminhávamos pelas ruas com segurança, e a alegria era uma constante, não uma raridade. Hoje, essa cidade de montanhas majestosas e praias deslumbrantes vive na sombra de um passado que saudamos com nostalgia. O Rio de outrora, vibrante e belo, parece uma lembrança distante, quase como um eco que se esvai por suas ruas.

A violência, sorrateira, dominou esse cenário que guardo no coração. As ruas, que um dia pulsaram ao som do samba e dos risos, agora são marcadas pela tensão de um poder tomado à força. Até a polícia, símbolo de segurança, parece hesitar. O Rio de Janeiro que conheci e amei... quanta pena me traz vê-lo assim.

E nas favelas, hoje dominadas por um medo silencioso, os moradores enfrentam uma realidade dura, onde obedecer virou sinônimo de sobrevivência. Como viver num lugar onde a esperança se tornou um luxo inalcançável?

Ainda assim, resiste a imagem do Cristo Redentor, de braços abertos para todos, como guardião de um amor que ainda não se extinguiu. Ele observa, firme, essa cidade que anseia por renascimento e por uma paz que há muito lhe falta.

Então, com essas palavras, despeço-me. Convido você a revisitar um Rio imaginário, onde risos, sonhos e uma beleza inesgotável ainda habitam. Que um dia, talvez, esse Rio de Janeiro renasça – e que possamos vivê-lo novamente, sem medo, com a mesma liberdade de um amor à primeira vista.

Natal, 29/10/2024, às 22:45

Neila Costa
Enviado por Neila Costa em 01/11/2024
Reeditado em 01/11/2024
Código do texto: T8187204
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