ELEIÇÕES: DIVIDIR PARA REINAR
ELEIÇÕES : DIVIDIR, PARA REINAR
As eleições causam verdadeira confusão e até divisões, entre pessoas amigas e até da mesma família.
Surgem candidatos que lutam pelo voto popular, fazendo promessas, oferecendo benefícios imediatos, pagando por serviços de panfletagem e até, o que ficou comum, comprando sua adesão.
O que menos se fala é sobre a competência, honestidade e moralidade. Num País de desempregados ou subempregados, os favores e o paternalismo soam mais alto. Depois é conferir o caos em que fica a Cidade e esperar quatro anos para votar outra vez, e repetir os mesmos erros.
Amigos e familiares, que sempre se deram bem, de repente, estão em lados opostos, brigando por causa de candidatos, que após eleitos, desaparecerão por mais quatro anos, só voltando nas eleições seguintes, para conferir seus currais eleitorais.
Conversando com vários amigos, disseram-me que apoiavam os candidatos, pelo pagamento que lhes era oferecido. Sabiam que deles, se eleitos, nada poderiam esperar. Por isso, pegavam, agora, o que podiam.
Há aí uma mistura de necessidade, de venalidade e total falta de cidadania.
Por isso, os governantes, mesmo sabendo da importância da Educação, investem tão pouco nessa área. Afinal, um povo que não recebe Educação e Cultura, é despolitizado, manipulado e jamais entenderá de Cidadania.
Pelo mesmo motivo, os políticos no poder, não apoiam as manifestações da sociedade civil organizada, quando o assunto é Cidadania, porque acham que estarão dando um tiro no pé.
Seria interessante ver uma casta inteira de políticos mancando, por causa desse fatídico tiro.
Vultos históricos, como Monteiro Lobato e Ruy Barbosa, se lamentaram pela ignorância popular e sonharam com o dia de sua libertação, como cidadãos, agentes ativos de sua história, interrompendo um período longo de humilhação e opressão políticas.
Nunca foi tão atual a declaração, atribuída a Maquiavel ou Descartes: Dividir, para reinar. ( ou governar )