GRANDES TRAGÉDIAS DESTE SÉCULO XXI
Ao nos determos, ainda que por breves momentos, ao exame do que aconteceu no mundo e seus, consequentes, reflexos para a humanidade desde o princípio dos anos dois mil constataremos alguns episódios terríveis que marcarão a história do planeta e da espécie, para todo o sempre
Para ficar, somente, nos mais graves podemos pensar nos atentados terroristas em Londres, Madri, Mumbai, Paris e outros locais em diversos anos, perpetrados por grupos como a Al-Qaeda, o Estado Islâmico e outros.
A Guerra no Iraque, iniciada em 2003 como parte da chamada Guerra ao Terror.
Guerra no Afeganistão, iniciada em 2001 em resposta aos ataques de 11 de setembro.
Conflito na Síria, que teve início em 2011 e resultou em uma guerra civil devastadora.
Conflito na Ucrânia, iniciado em 2014 com a anexação da Crimeia pela Rússia e a eclosão de uma guerra no leste do país.
Ataques terroristas em várias partes do mundo, incluindo o massacre na boate Pulse, em Orlando, em 2016, e o atentado em Nice, em 2016.
Tsunamis, terremotos e outros desastres naturais que causaram milhares de mortes e devastação em países como Indonésia, Japão e Haiti.
Epidemias, como a pandemia de COVID-19 que teve início em 2019 e se espalhou pelo mundo, causando milhões de mortes e impactando a economia global.
E, novamente, em 2022 a Rússia invade a Ucrania e estabelece uma guerra de proporções ilimitadas que deriva para um conflito envolvendo países aliados de um e de outro estado conflitantes.
Parecendo que, para não interromper, esta peça de terror exibida em todos os palcos do mundo, agora o Grupo Terrorista Hamas, ataca pessoas que se encontravam em um festival musical em Israel no dia 12 de outubro e, segundo números oficiais de Israel, mata mais ou menos 1.200 civis homens, mulheres e crianças.
Israel, invocando o direito de defesa passou a atacar e exterminar membros do Hamas acoitados na Faixa de Gaza e, com isto, tem causado grande mortandade de civis inocentes.
Na busca de exterminar com a forças do Hamas e do Hesbola, Israel ataca o Libano e em Beirute faz operações, de guerra total, com grande número de inimigos mortos, mas, também mortos, junto com eles civis inocentes homens mulheres e crianças.
Esses são apenas alguns exemplos das tragédias e guerras que marcaram o início do século XXI até o momento. É importante lembrar que muitos desses eventos têm causado grande sofrimento e perdas, e que os esforços para prevenir futuras tragédias e conflitos continuam sendo prioridade para diversas nações e organizações internacionais.
Mas para não ficarmos, somente no plano internacional e nos males causados pelos homens nos permitimos focar, ainda que brevemente, nas tragédias causas pelas graves enchentes que destruíram grande parte do Rio Grande Sul, nas queimadas que ameaçam destruir áreas imensas do Pantanal Mato grossense e já estão consumindo, quase que definitivamente, com a nossa poderosa Floresta Amazônica.
É necessário falar sobre a seca que está destruindo os rios da Amazônia, impedindo a navegação e, consequentemente, a chegada de abastecimento e alimentação à centenas de comunidade.
Feito este breve desvio do relato dos fatos humanos, retornamos a eles, e o nosso olhar se volta para geografias mais próximas e constatamos que aqui no nosso Rio Grande tivemos a tragedia da Boate Kiss, em Santa Maria onde morreram mais de 240 jovens, temos em outras cidades do interior, um pai-médico- que mancomunado com a amante mata o seu único filho fruto de seu casamente com a sua ex mulher, temos no mesmo interior uma mãe que mata o seu filho e o esconde em uma casa vizinha. Aqui no Litoral Norte uma mãe, junto com sua namorada, mata o seu único filho, o coloca em uma mochila e o atira de cima da ponte que liga Imbé a Tramandaí. Agora uma mãe em espaço de 8 dias mata as suas filhas gêmeas o que aconteceu, segundo investigações policiais, em andamento, por envenenamento.
Em Porto Alegre, uma gestante é atraída por outra mulher e é morta e tem o seu filho retirado do seu útero e a assina chama socorro da Samu dizendo que tinha ganho o bebê e, levada para o hospital, se verifica que ela não tinha sofrido trabalho de parto.
Vou parar com a descrição porque está me fazendo mal e, certamente, fará mal a quem ler este texto.
Me parece, todavia, que estamos como humanidade sendo atacados por um grande exército com poderosas forças e que zomba de nós e da nossa incapacidade de combatê-lo e que, por isto tem a certeza da impunidade e da vitória.
A confiança destas forças do mal me fizeram lembrar da minha Professora Alcidina Josende que, no Plácido de Castro, nos dando uma aula de história universal nos contou que na batalha de Termópilas em 480 A/C o Rei Xerxes da Pérsia, do alto de um desfiladeiro com um exército numeroso disse ao General Leônidas a frente de 300 Espartanos: Renda-se General, nossas flechas são tantas que escurecerão o sol. Recebeu como resposta: Melhor assim, Senhor porque nós combateremos à sombra... Leônidas perdeu a guerra, mas lutou, a sombra da flechas, com coração ardor e dignidade.
Trazendo este fato histórico para o momento que estes 24 deste século nos oferece, parecemos um pequeno exército com pouca munição lutando com um número sem fim de soldados do mal que nos querem destruir como pátrias, como povos e como seres humanos.
Resta-nos, unicamente, termos a coragem de Leônidas e combatermos, diariamente o bom combate em busca do bem, da paz, da estabilidade da fraternidade e do amor.
É possível que percamos a luta, diante do tamanho do inimigo, mas nos restará a certeza de que lutamos com o que de melhor tínhamos: Nosso caráter, nossa coragem, nossa bondade, nossa índole, atributos, pelos quais é possível sacrificar a própria vida para que um dia quem vier, depois de nós, possa viver em paz e harmonia.
( Recanto da Ana e do Erner,17.10.24-Capão Novo)