Na fila de espera
Levanto-me cedo, agradeço a Deus pela oportunidade de mais um dia, e de cara enfrento a fila do banheiro.
Me apronto e saio com a intenção de comprar pães; mas, antes, vou até a garagem pegar o carro, haja vista a distância até a padaria.
No trajeto, as filas no trânsito à espera do sinal verde, que a gente vai contando nos dedos.
Uns dez a quinze minutos, pronto! Já estou na padaria.
É a fila para pegar os pães, à moda “self-service”. Em seguida, é a fila para pesar os pães. Depois da pesagem dos pães, com o respectivo valor a ser pago, é a fila do caixa.
É aí que vêm os desafios da paciência para nós outros que ainda estamos na fila. É um companheiro que esqueceu a senha do cartão e repete a operação e nada! E quando o funcionário do caixa avisa que o sistema está lento ou saiu do ar?! Vixe! É um deus-nos-acuda!!!
Tudo bem! Os pães que estavam quentinhos na sacola...
Pronto! É o retorno para casa, com os pães, de quentinhos, só estavam mesmo! Hahaha...
Novamente a fila no sinal vermelho, a buzinada de um companheiro apressado e muita atenção, de minha parte, nos detalhes do trânsito não pouco agitado.
Pronto! Chego em casa. A alegria em família. Após o café, cada qual sai para as respectivas tarefas profissionais e às filas dos sinais vermelhos e outros desafios no trânsito.
E eu, já aposentado, fico em casa. Hahaha... Antes da atividade física, ouço o rádio, leio o jornal, ligo a TV e deparo, da minha poltrona, com os engarrafamentos daqui da cidade e alhures...
(...)
Já são 23h52, fecho esta crônica e agora, novamente na fila do banheiro, já me preparando em pensamento:
- Amanhã cedo, ao pular da cama, a alegria cotidiana, e muita gratidão, por mais um dia de fila a caminho da padaria...