VIVA SANTO ANTONIO, SÃO JOÃO E SÃO PEDRO! E O MÊS DE JUNHO TAMBÉM!

Rio, 20.06.2024.

E eis que chegamos ao último dia do mês de Junho.

Em outros tempos esse mês era dos mais alegres dos anos. Possuía um calendário festivo ao extremo, onde predominavam as famosas Festas Juninas. E mesmo que o Nordeste do país as tenham absorvido quase que totalmente, mesmo assim nas outras regiões do país elas eram festejadas também com muito entusiasmo.

Contudo, esse modernismo incomodante incumbiu-se de mudar quase que a sua essência. Já não se soltam balões. Também os fogos de artifícios já não são mais admitidos nelas. Até mesmo as músicas exclusivas dessa época sofreram interferências de alguns.

E numa entrevista recente, o forrozeiro Santana, O Cantador, fez questão de ressaltar essas más influências, digamos, afirmando que ele e seus companheiros não concordarão com isso de jeito algum. Cada um ocupe o seu espaço sem ferir o do outro.

Isso tem a ver com um termo: tradição. Esses modernimos agem contra ela. Essa gente moderna quer mudar tudo. Perder sua origem, inventando chifres em cabeça de cavalo. São os que denominamos gente sem noção. Talvez porque nasceram mal, fora de ambientes comuns, desprovidos de vivências.

Outrora, uma Festa Junina alcançava o alto da alegria, do prazer, de uma verdadeira confraternização entre pessoas. Os rítmos nordestinos prevaleciam no ambiente musical. O forró, o baião, o xote, o xaxado, tudo compunha o conhecido arrasta-pé nessa festa.

Luiz Gonzaga, "o Gonzagão", foi o rei delas. E possuía iguais que faziam grandes sucessos, também. E eles reinaram durante muitas décadas. Mas nessas últimas tentaram mudar isso. Contudo, as raízes forrozeiras e nordestinas são profundas. E atualmente há um contingente grande e pesado de artistas nessa área, que farão a tradição das Festas Juninas continuarem. E a pleno ou todo vapor.

Uma pena são as limitações aos fogos de artifícios, aos balões, à cachaça e ao quentão, bem como as muitas casas com terrenão, que quase já não existem mais. Fazer uma Festa Junina um condomínio não é mais a mesma coisa.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 30/06/2024
Código do texto: T8096779
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