Crônicas sobre Vampirismo

O vampiro moderno não se extinguiu. Só é discreto. Aprendeu a viver na discrição por experiência. Nada tem de bestial, animalizado e comparado à figura do morcego. O morcego é mero simbolo. Achamos que esse tipo de criatura é mero fruto da criação ficcional, mas não. Você conhece e convive com vários diariamente sem se dar conta.

Os primeiros que surgiram eram ligados à demonização, uma vez que se libertaram da prisão judaico-cristã. Esta nos obriga à uma conduta em que somos congratulados por boas ações e castigado por atos politicamente incorretos. Para o vampiro não existe bem e mal como conhecemos. São conceitos religiosos e dogmas incorporados no sistema de crenças cotidiano.

Ele sabe que é imortal, e aceita essa condição, não se lamenta. Tem ligação com a sombra e os seres do escuro, mas não por sua índole má, porque contém forte energia. Essa é a palavra. O vampiro moderno não crava mais seus caninos na jugular de mortais afim de saciar seu tão necessário vício, é certo que isso proporciona bastante prazer, mas o experiente sabe que o sangue é o princípio vital, o alimenta, mas energeticamente. Não é preciso fazer alguém sangrar para sugar-lhe a energia.

Assim, este ser tido como maligno usa a energia das pessoas para repor seu principio vital que não consegue produzir por conta. Novamente questiono a suposta maldade de um ser que sorve a vida de outrem. Somos todos energia, a produzimos, gastamos, adquirimos e sobretudo, desperdiçamos. Seu papel na mística da existência humana é reciclar, aproveitar o exagerado consumismo e desperdício de energia que fazemos sem consciência plena.

Voltemos ao sangue. Ele é o princípio vital material dos seres encarnados em corpos vivos mortais. Sem ele, não sobrevivemos, não nos alimentamos, movemos, pensamos, crescemos, amamos, reproduzimos. E esse líquido precioso é impregnado de uma energia semimaterial a que alguns exotéricos e espiritualistas chamam de alma. A causa primária da vida, o princípio da inteligência, da individualidade e do livre-arbítrio. O tipo de sangue que corre nas veias do vampiro é um sangue oco desse tipo de energia vital. Ele precisa do que não produz, por isso se apropria dos mortais o néctar espiritual que dá ânimo e impele os seres à vida.

O cinema estereotipou essa figura como macabra e má, já que para sobreviver ataca as pessoas como um predador cruel e sanguinário. Precisa de sangue vivo para continuar a existir. É um morto-vivo. A figura do zumbi tem um ancestral em comum com ele. Vampiro e zumbi já foram a mesma criatura, mortos-vivos que dependem de carne ou sangue humano para se manterem.

Mas o vampiro foi aos poucos se glamorizando, se humanizando para interagir e seduzir suas presas. Ele não é completamente imortal, ao mesmo tempo não morre, pois a alma, ou seja que tipo de coisa ele seja feito, não perece como a matéria. Pois tudo é energia, e o espírito possui uma natureza de crescimento e evolução, não se extingue. O que acontece no processo sobrenatural do vampiro é que o tempo começa a agir rapidamente em seu corpo à medida em que deixa de sugar energia vital com frequência. Quando se reabastece, esta energia rejuvenesce sua aparência e lhe dá força e renovação ao seu estado físico.

Na historia há muitos casos de pessoas que descobriram o processo químico e biológico de frear o envelhecimento e retardar a ação do tempo. A Rainha Elizabeth Bathory banhava-se em sangue de virgens para suavizar e renovar sua pele. O próprio Drácula histórico bebia o sangue dos inimigos para comemorar sua vitória sobre eles (esse rito nos remete à antropofagia, praticada por costumes em que o objetivo era adquirir a força, inteligência dos devorados). Na modernidade, alguns ricos fazem transfusão de sangue de crianças afim de revitalizar seus corpos. Outros descobriram o poder das Células-Tronco. Mas essa é uma ferramenta de efeito paliativo e necessita muita frequência de reposição do material durante o tratamento.

No rito de vampirismo moderno, não há necessidade de se entrar em contato com o sangue da pessoa sugada, a energia dele fará o sangue imortal produzir células novas em folha como se tivesse nascido de novo. Desenvolveram técnicas que chamamos de misticas, artes ocultas e muito pouco acessíveis a nosso nível de compreensão, principalmente porque desafiam a lógica e nossos limitados conhecimentos científicos.

Da energia canalizada e absorbida, tudo é aproveitável. Não há boa e ruim, há intensidade. Porém o sofrimento, o medo e a dor são energias muito intensas, que servem muito de alimento aos imortais que dominam a técnica. Raiva, rancor, irritação, violência, inveja, sede de poder e todo tipo de maldade são iguarias para quem se nutre de energia. E não quer dizer que com essa transmissão de sentimentos eles fiquem com raiva, dor, ou sintam-se mal… faz parte da técnica canalizar e filtrar as impurezas danosas das intenções. Também o amor, pureza, solidariedade, carisma e bondade em geral também são energias muito grandes, mas não se comparam ao teor “nutricional” das energias tidas como negativas. Por isso é uma figura ligada à solidão, melancolia, escuridão, trevas, animais e climas ligados à noite e suas texturas densas. Mas não quer dizer que isso o torne uma criatura má. Esse conceito de bem e mal não é o mesmo para uma criatura que admite com normalidade sua condição e não julga o mundo como costumamos. Ele ama, do seu jeito a humanidade. Mas não pode viver como nós o tempo todo. Precisa de seus ritos particulares, de momentos de solidão. De poetizar-se na escuridão e apreciar o clima que aprecia e degusta com torpor.

Poderíamos dizer, analisando com nossos termos e parco conhecimento, categorizá-lo como um humano “evoluído”. Mas também preso à uma maldição, a de depender da energia dos outros para existir. Pensando assim, estamos também ultra-aprisionados pelos dogmas comportamentais ligados à cobrança moral com origem nas religiões, sobretudo a cristã. Taxá-lo como demônio é simplesmente rotulá-lo num maniqueísmo religioso em que se faz uso da figura de um personagem da mitologia cristã, o Diabo. Ele se encontra completamente liberto dessas masmorras morais em que valorizamos. Mas uma coisa o cristianismo tem razão:o culto ao sofrimento na expectativa de ganhar uma recompensa espiritual pode ser ilusório (herança dos cultos pagãos), mas gera uma intensa energia, que pode sim, ser um banquete pra quem consegue degluti-la. O sofrimento deveria ser um efeito colateral da disciplina e do trabalho, e não santificado como bênção etérea e transcendental ato ou ritual. O certo é que os cristãos cultuam o derramamento de sangue e o sofrimento. Uma vez que a figura máxima da fé é um mártir que deu seu sangue pela humanidade.

Eu acho abominável uma religião que prega o amor ter como símbolo máximo um ser todo ensanguentado, agonizando, pendurado em uma cruz… tá mais rito !diabólico”, mas vamos la;

Mais que o dramático sangramento a que nos causa imensas reações, o vampirismo sexual está também entre os mais intensos. Visto que a relação envolve trocas intensas de energia, é possível produzir através do imaterial, energias tão densas que tornam-se quase materiais. Na espiritualidade, temos um tipo de vampiro que somente usa e se nutre da energia sexual dos encarnados, os chamados súcubos e íncubos. Ele podem de materializar e praticar sexo com mortais e se alimentarem do prazer produzido pelo efeito do desejo e orgasmos. Súcubo é feminino, Íncubo, masculino, visto que a entidade apenas muda de forma e gênero conforme a ocasião, pois para eles isso não tem a importância que nós damos de orgulho e vergonha. Como o anjo que não tem sexo, o suposto demônio usa nossas alegorias, fetiches e desejos para seduzir e prover a tão preciosa energia que almejam.(E mais: um íncubo pode sim engravidar uma mulher, pois na forma de súcubo, armazena em seu corpo semimaterial o líquido espermático do homem com quem teve relações, sendo feminina. Quando usa a forma masculina, ejacula o esperma guardado…)

Outros tipos de vampiros existem, assim como praticar vampirizantes que mortais desenvolveram sem serem propriamente um vampiro. A carência, a possessividade, a obsessão por atenção dos outros… O vício do prazer em comer cadáveres. Achar que precisa de carne para poder se alimentar corretamente. Mal sabem eles a quantidade diferente de energias nocivas que absorvem das carniças… ignorar a sensibilidade nata da natureza celestial da alma é uma arte primitiva a que estamos condicionalmente aprisionados. Um circulo vicioso que prejudica invisível e silenciosamente. Um vampiro profissional jamais sugaria sangue de um cadáver. Por que?

Sobre a imagem alegórica construída pelo cinema, o a humanização do vampiro como um sedutor, conquistador, de charme, educação e talentos, é muito próxima da realidade. Eles são seres especiais que se aproveitam da eternidade disponível para adquirir conhecimentos, enaltecer talentos humanistas e crescer o tempo todo para serem pessoas melhores, mais agradáveis e aprazíveis, muito para usar como ferramenta de sedução. Aqui é que o vampiro exerce seu maior prazer em se alimentar, a entrega sexual e amorosa de um(a) mortal apaixonado(a). Não se apegam tão fácil aos mortais, não por frieza, mas por maturidade. O tempo lhes concedeu a experiência de que uma vez imortal, perderá em algum momento, o ser, objeto de afeição, para morte. Alguns inexperientes davam aos entes amados o presente da imortalidade afim de gozar do companheirismo e companhia na solidão dos tempos. Mas foi visto e comprovado por muitos o poder e a importância da solidão da vida nas sombras. A convivência com um igual tem seus problemas de relacionamento, não só entre eles como eles e o mundo. É mais difícil se esconder em dupla. É preciso ser mutável, frequentemente errar por terras diferentes, viver várias vidas, fingir ser mortal para entre eles poder interagir.

A morte para ele tem um sabor poético e melancolicamente gótico. A perda tem uma cor e clima agradável, uma vez que esse sentimento não se dissipa facilmente. Condiz com sua vida de apreciar as misérias humanas, quanto mais intensas, mais saborosas lhe são. Lembrando que não há nele nem um sentimento de sadismo ou regozijo pelo sofrimento de alguém, apenas degusta os climas e os ares que são pintados nos ares através dos tempos. A arte é uma linguagem que entende numa complexidade maior que a nossa. E a sensibilidade inerente a ele não tem vínculo com orgulho de superioridade intelectual ou de talento. Está dentro da sua realidade ver e sentir o mundo com intensidade sem fetiches e ilusões humanas.

Para tentar entendermos a natureza e origem dos vampiros, temos que compreender que vampiros já nascem assim, somente se descobrem. Num conceito semelhante ao ideal de superioridade da raça ariana dos nazistas. Aliás, este termo foi usurpado de uma raça que existia na índia antiga que eram descendentes dos árias, figuras de grande poder e evolução espirituais. Eram antes seres de grandeza espiritual que pureza material. Foi deturpada, como padrão de pureza de raça superior. Assim como a figura do vampiro também foi deturpada, demonizada, bestializada. Ele vive sim nas sombras, gosta de lugares abandonados e estéticas sombrias, mas isso não está vinculado diretamente à maldade e prazer em praticar violências. Foi-se o tempo em que os vampiros eram feras indiscretas, são seres muito evoluídos em muitos aspectos. Inteligencia, boas maneiras, humanismo, arte, literatura, musica, artes em geral são um passatempo quase banal no cotidiano do imortal. Antes não se importava com a atitude animalesca de prover alimento. Hoje sabe que tem seu papel no mundo mortal e não se sente um monstro. Sabe ser discreto e o incomoda um pouco ter de fingir ser uma pessoal normal, pois o mundo não está preparado para aceitá-lo e valorizá-lo. Mas como sabe equalizar seus sentimentos e conjecturas, não chega a sofrer com isso.

Ainda sobre os vampiros: eles além de serem tão eternos (e nisto realizam uma das metas fundamentais do marxismo! que segundo Jean Paul Sartre é a meta da conquista das estrelas e a conquista da morte

A construção ficcional da imagem do vampiro não mente de todo… ele tem seu lado obscuro, mas os comportamentos são metafóricos. É óbvio que quem gosta de escuro não ama uma tarde ensolarada, mas não vai pulverizar com um raio de sol.

A imagem que supostamente não refletem no espelho é uma figura de linguagem que simboliza a falta de alma, como conhecemos na natureza humana. Efeito colateral de alguém que vive num mundo de magia e não pertence de todo ao nosso mundo material. Uma simples hipnose num mortal faria ele conseguir refletir a sua imagem no espelho naturalmente, se fosse o caso. O fato é que o espelho é uma ferramente mística, um revelador de mundos, um portal para dimensões desconhecidas.

A estaca no coração pode não matar o vampiro. Uma vez que seu corpo está condicionado misticamente pela energia vital que impulsiona seu corpo a parecer vivo como um mortal. Cortar a cabeça dele pode funcionar, apesar de ter uma vida ligada ao mágico, a cabeça é um membro essencial na estrutura de qualquer ser.

Não fosse a dependência da vitalidade usurpada, seria considerado uma evolução da raça humana, uma nova subespécie superiora ao sapiens sapiens, intelectualmente, de talento natural para a apreciação e produção artística, com força, capacidade e boa educação nas relações. Esta condição de dependência eterna da vitalidade aprisiona seu processo evolucionista e legitima sua natureza bestial de predador. Como um anjo foi criado perfeito e nunca precisou nem precisará passar por nossos processos de depuração moral, intelectual para atingir níveis mais altos de evolução, esse tipo de existência foi criada assim e não há conhecimento que ela seja dada a oportunidade de galgar degraus no processo de evolução, como nossas sucessivas reencarnações materiais na terra.

Como disse, ele pode deixar o corpo, mas morrer nunca, como nós, que podemos reencarnar. Pode optar por estacionar sua evolução, e deixar repousar seu espírito numa tétrica e macabra paisagem que lhe dê o sossego de um sono eterno. Ou pode virar uma alma penada e continuar sugando a vida desse mundo. Para reencarnar, ele deve passar processos complexos na erraticidade. Admitir e corrigir atos que o prendem ao mundo material podem fazer parte desse processo, mas como a natureza etérea dele pertence à uma outra criação, não obedece as mesmas regras de nossas leis de evolução. Será sempre um vulto nem inferior nem superior, algo que não se encaixa em nossos padrões de existência. Um rabisco que teve a intenção de ser perfeito, uma pintura dos deuses que saiu borrada, uma poesia incompleta, porém complexa e carregada de significados e funções contraditórias para nosso sistema de crenças tanto no campo do conhecimento científico quanto aos dogmas judaico-cristãos.

Ousaria dizer que foi uma tentativa dos deuses de compor uma melodia intensa e poética que desafinou em determinado momento, mas mesmo assim foi concedida a existir e soar aos ouvidos do mundo, seja como for, uma obra inacabada que prosperou, porém incompreendida, não acreditada e não aceita no todo.

A função de dar cabo dessa energia desperdiçada é nobre. Imagine você conversar com uma pessoa que tem 500, 1000, 5000 anos de experiência! O tempo pra eles é um sopro, e essa aparência jovial que nos apresenta faz parte de seu jogo com nossas percepções de tempo e preconceitos estéticos. Eles brincam com nossas misérias e se riem das nossas limitações. Ainda assim nos amam do seu jeito e aprendem com nossos erros e atitudes patéticas. Talvez a função deles também seja a de evoluir em uma só vida, não necessitando de encarnações sucessivas para lapidação moral e espiritual a que estamos impelidos e condicionados, pra não dizer escravizados.

Mas voltando ao sangue, que vibra alto impregnado de energia vital, é usado como arma mística. Veneno ou antídoto ele se torna dependendo a abordagem. O sangue de cristo é glorificado e endeusado pelos cristãos, pois foi derramando-o (sofrimento) que criou a máquina da salvação. Todo aquele que crê que Jesus deu sua vida por nós está salvo, segundo os evangélicos; não importa quantos pecados e barbaridades o fiel praticou, se este se arrepende, se converte, vai pro céu. Acontece que Cristo não pediu pra morrer. Não planejou seu assassinato e tortura. Como ele pode ter doado sua vida e sua dor para todos que quiserem crer nessa premissa. Estou convencido de que usam o sangue de cristo como símbolo sagrado de sofrimento e morte. Celebram o espancamento, a tortura, o crucificamento como algo divino. É por isso que os católicos, por exemplo, fazem promessas e pagam penitências. Idolatram o sofrimento como moeda. Compram graças com o divino submetendo-se à dores, como Cristo o fez. Eu acho um lado bem macabro do Cristianismo/catolicismo. Veneram o penar, o sacrifício, a dor, o sofrimento como uma forma de alcançar o sagrado. Pra mim o cristianismo deveria celebrar sim a alegria, o amor, a vida. Não a morte, o sangue, a dor.

Mas como sangue também tem a ver com morte de desafetos, de inimigos, o ódio nos animaliza e desperta a violência, que agride, que mata, que derrama sangue. O sangue do bandido é um troféu ( Vlad Tepes diziam que bebia em taças os sangue dos inimigos)… já o sangue dos meus pares, esse me é preciosíssimo. Quanto ódio não desejou o sangue do adversário. Isso é um tipo de vampirismo. Querer matar, desejar a morte, o sofrimento, querer ver o sangue de quem odeia. O corpo material desses vampiros da violência não está preparado para sorver e digerir essa energia toda. É aí que entra o desvio de personalidade, que experimentado o ilusório prazer de praticar e assistir cenas de violência e assassinato, alimenta um prazer insaciável.

Mas voltando ao poder místico do sangue de cristo… não consigo compreender como aplaudem e festejam a morte brutal de um líder religioso, crendo numa salvação ilusória, numa brutalidade extrema. Isso é muito pagão. Sacrificar animais para os Deuses. Inclusive Jesus é citado como o Cordeiro de Deus, que deu sua vida em sacrifício pela humanidade.

Uma confissão: gente, se querem saudar o sagrado, o puro, o etéreo, não pensem em sacrifício, dor, sangue. Pensem na vida. Esses tal deuses que aceitam ou aceitaram oferendas de morte de seres estão numa baixa vibração, dependem (ou acham que dependem) da energia vital dos encarnados. Praticantes de sacrifícios são servos dos vampiros espirituais.

Beber o sangue de qualquer pessoa morta, já não possuía tanta energia e vibrações vitais pois o sangue já se encontra em processo de decomposição. Mas para muitos encarnados, ainda é um fonte (mais alegórica, simbólica e teatral) em relação à alimentação dos verdadeiros vampiros. Mas não deixam e o serem, mas em parte. Há também rituais em cemitérios que conseguem capturar energia telúrica que o corpo material deixa na terra.

Como disse anteriormente, comer carne, principalmente após tirar a vida desde vivente encarnado, constitui um fetiche muito poderoso para para alguns entes encarnados. Para eles produz um prazer quase orgásmica. Porém ilusório, pois eles mergulhados e, suas cegueiras materiais não enxergavam, não sentiam totalmente o trabalho dos espectros sombrios que, além e convencê-los a praticar tais atos, canalizam para si, o maior teor dessa prática diabólica.

Bem, muitos de nós comem carne na dieta, e por mais que sintamos pena dos pobres bichos, nos seduzimos pelo aroma, suculência e prazer de deleitar-se com um belo assado, bife ou churrasco. Claro, não fomos nós que matamos, não vimos todo o ritual macabro de sofrimento e dor do animal. É muito mais comodo comprar um presunto embaladinho sem qualquer aparência de sangue ou violência. E depois tem uma questão cultural. sobrevivemos a várias eras glaciais sem poder ingerir plantas, já que estas não resistiam ao frio intenso. Nos restava comer proteína animal, através da caça, a única comida disponível.

… CONTINUA...