Espírito de Porco
DISSE, se não me engano, Neruda, que “Escrever é fácil, você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio coloca as ideias”. Tinha razão o grande poeta. No meu caso faço o mesmo, só que no meio coloco minhas arengas e besteiras, com o cuidado de não ofender ninguém mas dizendo o que penso sem esconder minhas ideias.
Estou tocando nesse assunto para dar uma palinha sobre um tipo de escrevinhador que na minha região chamam de “Espírito de Porco”. Sim, Espírito de Porco. Ele não é sincero, não defende ideias, não questiona nada, sua tara é constranger as pessoas, fazer ilações maldosas, caluniar, enfim disseminar o mal. Descasca feridas antigas e relembra dores, prática a crueldade por prazer. Sadismo.
Dos espíritos de porco me esquivo. Mais, se estiver num local e aparecer um eu me retiro. Não por temer esse tipo de verme, comigo nenhum se atreveria a tirar onda porque formiga sabe a roça que rói,
De espírito de porco só quero distância. William Porto. Inté.