Além de Nós
De onde vem essa vontade de sumir?
De onde vem essa saudade que nem sabemos de que?
As vezes dias de sol, outros de chuva,sorrisos no rosto, as vezes não.
Pensamentos vão bem longe, em unicórnios ainda bem desconhecidos, uma lágrima no canto que insiste não cair. Felicidade a moda, sucessos é fundamental, fracasso para os fracos, mas nunca fui montanha, apesar dos montes a escalar.
Cada ano da nossa idade, voltamos para o início de tudo. Apesar se toda caminhada, votamos para o início, mas agora já desgastado pelo tempo que nos empurra para o envelhecer.
O Velho, senhor bebê, pronto para voltar ao pó, adubar algum lugar no silêncio de tudo.
Nessa passagem terrestre as vezes obrigatória longa, outras tão breve
Estrelas se apagam, saudades vai embora também. Afinal amanhã o Sol vem de novo, apesar da partidas humanas diárias. .
Então o espelho nos confrota nos desafia, um inimigo mortal, tão presente, tão omisso, em opiniões absolutas. Senhor mestre das certezas, aliás quem vai comprar o pão na padaria hoje?
Hoje a tristeza insiste em ficar, fazer companhia a essa casacata presa na íris de um coração que insiste bater lentamente a cada impacto de desamor ao próximo.
Aliás ganância, ódio,inveja, medo, solidão, sucessos, anda em sombras ainda tão sucintas, em pisadas de podres poderes.
Um planetas interiores de pouca exploração, abismo, labirintos, caos, sombrios de auto destruição eminentes.
Onde o chão sujo, frio, fétido, serve como uma bela cama. Prazer de auto sabotagem, nessa odisseia chamada existência.
Zumbis, vampiros, cadáveres vivos ao toque de cada manhã sombria.
Mas O Absoluto Farol acesso em cada universo, metaverso, em órbitas tão longe, tão perto. Observando, comandando, no seu Kairós ainda em conhecimento fragmentado.
Por mais que a sabedoria humana avance a galope, morremos ainda de fome, sede, ódio, solidão.
Absoluto farol em pleno conhecimento no interior humano, ainda que com lanternas que insistimos usar com toda soberba.
Mas logo, ou ainda no gerúndio da história, em espelhos turvos vamos seguindo.
Em meio essa odisseia de envelhecimento, morrendo, nascendo todos os dias.
Virando adubo em algum lugar de um jardim silencioso e esquecido.