Vivemos em um estúdio de cinema?
- Somos figurantes em um filme de aventura, espionagem, terror e ficção científica repleto de efeitos especiais e defeitos especiais.
- Do que falas, cara?! Endoidou?! Estamos num filme??
- E não estamos, não?! De tudo o que você vê, hoje em dia, na tevê e na néte, o que é real e o que é irreal?
- Vós percebeis que há certas coisas que não fazem sentido algum?! Ora, aparece, em um certo dia, no jornal, seja da tevê, seja da néte, um jornalista a noticiar, em tom alarmado, uma decisão de algum juiz, e todo mundo corre para obedecer ao juiz, mas ninguém se pergunta se tal juiz de fato decidiu o que o jornalista dissera que ele havia decidido.
- As pessoas são movidas pelas notícias, sem se perguntarem se elas procedem. Crêem que o que o jornal mostra é verdade, e ai de quem diz o contrário.
- Dias atrás, disseram-me que estava para vir uma nova onde de vírus, que ia pôr meio mundo sete palmos abaixo da terra; e não foram poucas as pessoas que se alarmaram; e o tempo passou, e o vírus não veio; e esqueceu-se do assunto; e há pouco, as mesmas pessoas que me deram, apavoradas, tal notícia, disseram-me, igualmente apavoradas, assustadiças, que o Sol está para cuspir uma tonelada de ar quente na Terra, o que irá torrar a néte.
- Quer apostar quanto que o Sol não tomou conhecimento de tal evento?!
- O Sol desconhece os humanos.
- O que eu quero dizer é o seguinte: do que vemos na tevê e na néte não sabemos o que é verdade e o que é mentira. Sabemos distinguir de imagens falsas as verdadeiras...
- Pensas que se usa efeitos especiais no jornalismo?!
- E por que não?!
- Acreditais que as empresas de comunicação existem para comunicar notícias e informações que ajudem as pessoas a pensarem corretamente as coisas do mundo?! Não sou ingênuo a este ponto.
- Dias destes, e antes, ouvi alguns comentários, de pessoas que participavam de laives e de pódecaste, que me deram o que falar: usa-se, no jornalismo, recursos comuns ao cinema: efeitos especiais, maquetes, cidades cenográficas, filmagens com atores...
- Será possível?!
- E por que não?!
- Possível, é. E não desconfiam, não, de que não estejam usando efeitos especiais, do mesmo naipe do que usaram no filme do King Kong, nas imagens que mostram cidades ucranianas destruídas e fogaréus que brotam de prédios atingidos por mísseis teleguiados?! Acho que nos enganam, e há tempos. Hoje com recursos mais sofisticados, claro, do que há trezentos anos.
- Atualmente há hologramas e inteligência artificial.
- Por aí se vê.
- E tem a história dos aviões que derrubaram aqueles dois prédios enormes...
- Os donos do poder, os senhores do universo, dominam a néte, controlam as tevês, e não querem perder o controle do roteiro.
- Eles escrevem o roteiro, definem os papéis de cada personagem, e por aí afora.
- E mesmo que não usem efeitos especiais, cidades cenográficas, maquetes... A imprensa divulga notícias de fatos que jamais aconteceram e informações erradas para ludibriar as pessoas, numa simulação bem orquestrada em um universo paralelo, irreal, fantasioso, que afeta as pessoas do nosso universo, o real, e elas tomam por real a ficção.
- Tua explicação pede uma explicação.
- Um desenho para a explicação não nos fará mal.
- Penso o seguinte: umas pessoas, que têm poder, reúnem-se, no escurinho do cinema, para tramar umas tramas bem amarradas: enganar o povo sem que ele saiba que está sendo enganado. E o que fazem tão nobres pessoas?! Pensam: "Vamos dizer que se publicou uma lei que obrigue todo mundo a seguir esta e aquela regra e que quem a transgredir viverá maus bocados e comerá o pão-que-o-diabo-amassou." E assim, em comum acordo, sem darem na vista, juízes, empresários do meio de comunicação, e pessoas quaisquer, que representarão o papel de vítimas, apertam-se as mãos, todos certos de que têm muito o que ganhar com a trama. E mãos à obra. E uma pessoa qualquer, daquelas que participam da trama, transgride a tal lei e porque a transgrediu é presa.
- Mas não houve prisão, certo?! Afinal, a lei que ela transgrediu não existe.
- Exatamente, meu caro Watson. Você é muito perspicaz.
- Não contavam com a minha astúcia.
- Não existe a lei que a pessoa trangrediu.
- É a lei peça de ficção; e de ficção é a transgressão.
- E a prisão do transgressor.
- Puxa vida! Será que estão a fazer uso de tal artimanha?!
- E o povo vem a saber, se fazem?!
- É um expediente assaz inteligente, convenhamos. Arrebenta-se com as pessoas sem que elas saibam que estão sendo arrebentadas. Vós haveis de concordar comigo que quem faz uso de tais meios para ter poder é inteligente à beça.
- Não necessariamente inteligente; todavia, certamente dono de muito dinheiro.
- De fato.
- Não duvido de que se faz uso desta armadilha, que pega muita gente.
- Ouvi falar que nos Estados Unidos usaram de estúdio cinematográfico para vender a idéia, que muita gente comprou, de que há uma, como se diz?! investigação?! acho que é isso, de que há uma investigação dos atos do que se deu no Capitólio não sei se em 2.021, se em 2.022.
- Interessante.
- Parece que foi encenada toda a investigação, que não passa de uma obra fictícia, que influencia as pessoas que vivem no mundo real.
- Colidem-se dois universos paralelos.
- Coisa de doido.
- Não nos enganemos: As coisas não são o que dizem que são.