TESOUROS DA INFÂNCIA

No jardim da infância, onde o tempo se desenrola com a lentidão do faz de conta, as memórias se tecem como fios mágicos em um tear encantado. Cada dia é uma página em branco, esperando para ser preenchida com os traços coloridos da inocência e da imaginação.

Era uma vez um mundo onde os dias começavam com o riso cristalino das crianças, suas vozes tão puras quanto os raios de sol que iluminavam a sala de aula. As carteiras e mesas se transformavam em terras inexploradas, e os lápis e cadernos, em ferramentas para construir castelos de sonhos.

As brincadeiras no recreio eram pequenas aventuras, onde a amizade era o tesouro mais precioso. Os pátios se transformavam em reinos encantados, e cada colega de classe era um companheiro de jornada, pronto para compartilhar segredos e conquistas.

Os professores eram guardiões sábios, guiando os pequenos exploradores por caminhos de aprendizado. As lições iam além dos livros, ensinando a importância de compartilhar, respeitar e, acima de tudo, cultivar a curiosidade que fazia os olhos brilharem como estrelas.

Na infância, cada descoberta era uma vitória, cada desafio uma oportunidade de crescer. Os sorrisos eram moedas de felicidade e os abraços, uma forma de expressar o calor do coração. E, à medida que o sol se punha sobre o horizonte da infância, deixava para trás um rastro de lembranças preciosas. Aquelas tardes preguiçosas, os contos de fadas sussurrados antes de dormir e as risadas que ecoavam nos corredores tornavam-se os tijolos que construíam a fortaleza da alma.

A infância, esse capítulo efêmero e mágico, é um tesouro enterrado profundamente no coração de cada adulto, uma fonte perene de nostalgia e um lembrete de que, em algum lugar dentro de nós, o espírito brincalhão da criança continua a sussurrar canções de alegria.