Enquanto isso... Em 1500...
(ISSO É FICÇÃO! SE VOCÊ CONFUNDIR COM A REALIDADE, VÁ AO MÉDICO)
-Mas, que merda é essa aqui, hein? Quem escreveu essa porcaria?
-Que porcaria senhor soberano?
-Essa que chegou pela manhã durante o meu pequeno café!!! Essa que acabo de limpar as minhas partes!
-Essa carta que está lançada ao chão?
-Sim! Essa... Essa... Aberração!
-Mas, senhor Soberano supremo, essa é a carta do escriba Pero Vaz... O cronista oficial das caravelas que acabaram de descobrir novas terras...
-E tu já leu essa titica?- Pergunta o soberano Dom Manoel ao seu secretário.
-Sim, meu soberano. A pedido próprio pedido estão reunidos desde ontem 50 copistas fazendo cópias da mesma para enviar a todas as nações conhecidas anunciando que novas terras foram descobertas...
-Você fez o quê? Seu imbecil!- Esbraveja o Soberano Dom Manoel.
-É uma boa notícia, Senhor, não é?!
- Você ao menos leu isso?
-Li, sim Senhor.
-O que diz então essa maldita carta?
-Bem, diz que novas terras foram descobertas. Que a terra é rica em espécimes animais e vegetais, com uma fauna e flora exóticas...
-E o que mais?- Pergunta Dom Manoel.
-Mais nada, Senhor!
-Mais nada, Duarte! Mais nada? E a parte onde os capangas de Cabral matam a tiros meia dúzia de índios? Você leu isso?
-Ahhhh, Senhor. São selvagens! Não têm fé e nem Rei. Não tinha, né. Agora é o Senhor o pai deles.
-Duarte, seu retardado. Eles são índios. Índios, porra! E matar índios assim é horrível para a opinião pública. Tu não viu não?
-Vi o que Senhor?- Perguntou o secretário ao Rei D. Manoel.
-O que fizeram em 2022?
-Senhor, estamos em 1500 ainda...
- Você está em 1500. Eu sou o Rei de uma das nações mais poderosas de todos os tempo. MIha mente trabalha no futuro. E lá no futuro, a opinião pública e os jornais cairam em cima de um tal de Messias e o trituraram por quase os Ianomames terem sido dizimados. Ai vem Cabral e faz isso comigo. Mete bala em indios brasileiros...
-Brasileiros, Senhor?
-É, como essas novas terras vão ser chamadas.
-Hum... Entendi... Lá no futuro...
-Isso. Isso... Agora, temos que bolar um plano para limpar a minha barra...
-E como vamos fazer isso?- Pergunta o secretário.
-Bem, vamos mandar uns artitas fazerem o máximo de quadros retratanto a vida dos nativos. Que mostrem eles rindo e brincando. Coloquem eles vestidos com as nosas camisas e bonés. Todos pintadinhos de vermelho.
-Entendi...
-Pintem eles comendo e com fartura. Também pintem eles dançando e cantando...
-Entendi, Senhor.
-E me pitem com eles.
-Senhor, mas o Senhor nunca irá pisar nessas terras...
-Não importa, seu idiota. O que importa é a divulgação de que eu estou no meio deles. Eu quero um quadro enorme. O maior quadro que puder ser feito. Eu com duas crianças sentadas em meu colo e por trás de mim duas índias, uma nova e uma velha, representando o passado e o futuro. Mande fazer esses quadros agora mesmo e divulguem a todas as nações da terra. E pinte uns de reserva para a cúpula do clima, eles vão adorar esses suvernirs.
- Certo, Senhor. Enquanto isso, vou pedir para que Cabral pare com a violência com os índios...
-Não. Parar nada, porra. Tive uma ideia bem melhor. Diaga a ele que dessa o sarrafo neles. Mas que deixe uma família doente. Estou vendo que meu reinado está chegando ao fim e quando eu sair do trono quero que essa última familia de índios morra no dia seguinte...
-Mas, para que isso, Senhor?
-Para dizer que meu opositor dizimou a última tribo de índio das terras do Brasil.- Disse D. Manoel.
-O Senhor é um gênio, Soberano. Grande Alma. Pai do pobríssimos. Um gênio.