O que há!

Quando olho para o mundo, não gosto do que vejo!

Há gente triste em demasia.

Há muito desânimo ao perceber que a vida boa não é uma realidade próxima.

Há ainda uma dúvida permanente sobre ser ou não ser um ser importante.

Há a tentativa inútil de ser útil.

Há um emaranhado de pseudo valores.

Há angústia.

Há dor.

Será que o que minha mente interpreta é um retrato da realidade externa ou interna?

O mundo está mesmo estranho ou eu sou estranho ao mundo?

Isso nunca saberemos, pois percepções são individuais.

Mas, salvo melhor juízo, preciso que me salve dessa visão, caso a sua seja diferente.

Se enxerga a mim e a tudo com outros olhos, socorre-me da perdição!

Faça algo tão insensato como a vida ter sentido.

Faça valer a organização celular, o coito não interrompido e o trabalho da criação.

Mas, se a regra for a ressalva, se o melhor julgo levar à conclusão de que tudo é vão e em vão, dê-me o direito de esperar pelo fim sem culpa.