Primeiras vezes

Nada supera a emoção das primeiras vezes, das sensações inéditas. O friozinho na barriga da estreia. Vai dizer!

Como a primeira vez que você ouviu sua música preferida, deu a sua primeira volta dirigindo um carro ou ficou de pé em cima de uma prancha no mar. Para alguns, o primeiro filho, o primeiro milhão ou a primeira salva de palmas.

A inquietude humana, curiosidade e necessidade de conquista sempre moveram o mundo. A ânsia pelo misterioso; pela imprevisibilidade do desconhecido. Poucas coisas têm mais apelo que a novidade.

Quem não se lembra da primeira bicicleta, do primeiro beijo no crush, do primeiro sonho realizado?! É aquela mistura simultânea de ansiedade, insegurança e excitação. Do tipo: “ai, que incrível que isso tá acontecendo comigo / Será que eu dou conta? / O que vou encontrar lá do outro lado? "

Quando é algo novo e bom. Já se é ruim (como o primeiro coração partido ou o primeiro boleto) só nos perguntamos “Por que, Deus, por que???!” e achamos que é o fim de tudo. E a gente não esquece, por pior que seja nossa memória, porque é a primeira vez é uma lembrança carregada de sentimento.

Vivemos tão no automático que às vezes esquecemos o prazer dos novos horizontes, e a urgência de abandonar o velho para abrir espaço pro novo.

Em todos os começos, voltamos àquele estado de criança com seu poder de assombro. Já notaram? Investimos 100% de nós no tempo presente. Vivemos cada segundo com o máximo de entrega e atenção. Como se o resto do mundo fosse um borrão e só aquele instante de fato existisse.

Ah, como eu amo os inícios, os recomeços, a novidade! Por mais que a mudança me desconforte. Sofro quando preciso mudar, mas me adapto rápido. Nosso cérebro tem um poder espetacular de se acostumar (com o que é bom e o que é ruim, portanto, cuidado).

E não se engane: você nunca será velho demais pra uma primeira vez. O grande barato da vida é a capacidade dela sempre te surpreender.

Eu estou começando uma nova carreira, e cada pequena conquista teletransporta essa jovem senhora de 47 anos aos 17, quando iniciava sua primeira empreitada. A maturidade transforma o medo em combustível. Quem sabe seja esse o verdadeiro significado da coragem.

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Miranda Both
Enviado por Miranda Both em 23/11/2023
Código do texto: T7938701
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