A paranoia do meu ser.
De tempos em tempos a paranoia humana dá as caras para todos nós, sem avisar que virá, ou sem informar que tomará o controle.
Uma dor de cabeça é o prelúdio de uma doença terminal, expondo a necessidade de aproveitar a vida em poucos dias, organizar as contas, resolver amores truncados, e se declarar para antigas paixões esquecidas. Talvez a única parte boa disso tudo seja fazer a vida andar um pouco mais, mesmo que para trás.
Todos estão rindo de mim, eu sei que sim! Aquela roda de conversa tem como assunto o meu fracasso, talvez a minha roupa, mas com certeza o meu existir.
Sou odiado por todos que são obrigados a dividir comigo o dia a dia monótono e previsível. Talvez até seja minha culpa a vida não ser um filme de ação.
Mas depois que retomo o controle da consciência, vejo que ninguém liga para o que faço ou digo, e que talvez a minha roupa nem tenha sido notada.
Talvez esses dias em que acho que o mundo me odeia, sejam uma ferramenta para me tornar mais humilde, e para ensinar que eu posso ser e fazer o que quiser, pois o arrependimento será só meu, e que o mundo é grande demais para achar que tem alguém olhando.
Eu sou o centro das atenções do meu próprio universo, e nele eu sou o único habitante.