O Juiz
Meu Deus como foi acontecer isso comigo, logo eu que mim cuido. E esse sono que não vem, não chega.
Exclama Roberta, naquele quarto frio de hospital, ao som dos aparelhos que mantém sua colega de quarto viva. No sono profundo, ao som do até breve.
Colega essa que não falava,não ouvia,não respondia, viva apenas pelos aparelhos. Visitas do marido, que dizia que a mesma não quis abortar, mas aconteceu.
Há graças a Deus conseguir dormir um pouco. O sol lá fora já com sua majestade se erguendo.
Então as 7 horas duma manhã qualquer, entra no quarto, médico e equipe
Param em Frente ao leito ao onde está Silvia minha colega de quarto que está com paralisia celebral.
- Doutor esse pepino, em tuas mãos, não fala, não reage, não vive, apenas sobrevive. Relata enferneir chefe, com voz de incredulidade.
Então médico vira Deus, juiz, bate o martelo: arranca cada monitor,aparelho, cada sobreviva.
Então aparelhos desconectados, silêncio impera, minha respiração travada. Ela não aguentou, sem sinais vitais.
Sinais apenas avisando Silvia acaba de ir embora.
Ela não tava bem, não reagiu aos remédio e faceu.
exclama o médico para sua equipe.
Bate-se porta, todos saem daquele frio quarto de hospital.
Então eu acordo do meu sono, um silêncio terrível
Será que foi sonho, ao virar, a cama jaz vazia, e Sivia não estava mais ali.
Me virei meia sonolenta e peguei no sono novamente
No silêncio seprucal daquele frio, silencioso quarto de hospital.
Apenas um saco platiado saindo porta a fora.