Ser de ela um amor
Como o amor de ela ser desde pequena a serenidade de ser. Com três anos começava a escrever poesias mesmo entendendo cada vez mais as letras da televisão e dos primeiros livros que ela entendia. E fez seu primeiro livro aos seis de nome Como somos bons e fez sucesso no público mirim e até adulto. Ela começou a estudar num colégio militar e aprender matérias difíceis já na segunda série com oito anos e então a professora deu todas as matérias até o nono ano do fundamental e a passou ao ensino médio com onze anos e ela foi à primeira colocada na escola e na região e fez o Saresp e foi primeira do estado de São Paulo e com treze anos começou sua primeira faculdade de literatura em espanhol e inglês. E se formou com dezesseis anos e começou seu mestrado com grande fé em Deus. Ela fora batizada com seis meses e fez a catequese com sete anos e o crisma com dezesseis quando se sentia própria para abraçar a fé e o Senhor. E cantava todas as missas de domingo às oito da manhã e tinha de dar sempre o dizimo, pois começava já a trabalhar com dezessete anos e formada na faculdade. Desde que ela decidiu ser freira e entrou para a comunidade das irmãs carmelitas do pé descalço e jamais queria casar com nenhum rapaz apesar de ser muito bonita, magra, ter altura de modelo, e ser de uma tez suave e bela. E ela foi acolhida pela madre principal e deu o serviço de faxinar o convento e ela aceitou de prontidão. Seu coração era voltado pela castidade de verdade e não sentia nenhuma aversão ao trabalho comunitário e os pais dela aprovaram tudo o que ela quis e diz. E levar cada dia rezando o salmo 90 e o saltério inteiro era divertido e alegre para ela. E rezava também o rosário completo com suas duzentas ave-marias de foi ser condimentada de austeridade tremenda. Tinha como em todo o convento um padre responsável pelo guarnecer as irmãs e ela pedia perdão todos os dias, pois começara a sonhar com homens todas as noites quando tinha trinta e três e se o padre falou a ela que se ela não estivesse contente com a função Deus perdoaria seu coração se ela quisesse sair do convento e casar com algum rapaz de Deus. Mais ela queria servir a Jesus e mais nada. E então o coração dela fez algo extraordinário: ela tomou um banho de chuva numa noite de inverno e quase morreu ficando acamada com pneumonia e corpo calado e sente. E as irmãs rezaram pela cura dela e que se curasse da dor que sentia cada uma daria uma ave-maria para salvar essa irmã adoentada. Os pais dela foram chamados para vê-la e o pai a aconselhou a descansar para ficar boa e a mãe beijou sua face como forma de intenso amor. E quando se recuperou do acidente confessou ao padre seu pecado: tentou tirar a própria vida. Mais então ela pediu a freira do convento que dessas aulas e de espanhol e inglês para as crianças órfãs da comunidade. E resolveu escrever livros para passar o dia, pois o médico proibira para sempre de sair do quarto por estar com o pulmão fraco. E escreveu vários livros para crianças e adultos e aquela garra que ela tinha desde pequena voltou. E com três anos de quarto saiu de lá fortalecida já com quarenta e dois. E o convento e o orfanato viraram uma escola para crianças pobres e sem pais de verdade. E dava aulas das sete até as quatro e estudava os livros da biblioteca para as matérias que iam ser dadas no dia seguinte. E fez várias amizades dentre as crianças e todos a amavam como ser humana e professora. E viveu ela até os cento e vinte e dois e a freira maior viveu até os noventa e nove. Já ela a nossa professora tinha três amigas, sendo a freira gordinha, a espevitada e a amorosa. E cada uma viveu até os cento e doze, cento e vinte e cento e dezenove. Já os pais de nossa escritora viveram até os cento e doze ser o pai e cento e treze a boa e emocionada mãe que viu seus votos de filha e de Deus saciarem suas vontades interiores. Somos todos seres humanos falhos mais nossas falhas sobrepujam nossas mentes, corpos, almas e espíritos.