Qual é - ou qual foi - a do mocorongovírus?!
Algumas reportagens dão conta de que é o mocorongovírus um patógeno criado, em um laboratório, a partir de outro patógeno, submetido, este, a pesquisas de ganho-de-função. Em outras palavras, o mocorongovírus é o vírus da gripe aprimorado. Há quem diga que o laboratório está, na Ucrânia, em algum distrito do leste deste país - do leste, e não ao leste (ao leste já é Rússia). Um passarinho, um tico-tico, parece-me, declarou, de pés juntos, que o tal laboratório, onde se concretizou a pesquisa, financiada com Dólar americano - e muitas, muitas notas -, está em Wuhan, onde, supõe-se, um pastel de flango, assim disse o tico-tico (ou foi um pardal endiabrado fantasiado de tico-tico?), comeu - voluntariamente, ou involuntariamente, ainda não se sabe - um primo do Batman (tenha sido tal ato ou voluntário, ou involuntário, foi imprevidente quem o cometeu). E um outro passarinho... melhor, passarão, um tucano, disse que do laboratório o mocorongovírus escapou; outro pássaro - uma lacônica maritaca, supostamente - disse que o liberaram, e de propósito, para que ele espalhasse o terror pelos quatro cantos do planeta.
Não sei qual das histórias acima é verdadeira, e qual é falsa, qual, sendo verdadeira, é falsa, qual, sendo falsa, é verdadeira, qual é verdadeiramente falsa, qual é falsamente verdadeira, qual é... Enfim, não tenho a mínima idéia do que é o que e o que não é o que não é, se é o que é o que dizem que é, ou não. Quem é que sabe a verdade, e a verdade verdadeira, da história?! Quem está diretamente envolvido no financiamento da pesquisa. Eu só sei de uma coisa: sei lá, entende?! Parece que não sei!
E digo mais: contou-me um bem-te-vi que o tal de mocorongovírus jamais existiu, pois da fauna viral nunca isolaram um mocorongovírus que seja, nem unzinho só.
E tem mais. Tem mais?! Tem. É claro que tem. É - seria melhor dizer "foi"?! - o mocoringovírus uma arma biológica. E eu sei se é?! Eu só sei que nada sei. Sou um sábio, e da estirpe dos helênicos. Ou foi ele uma arma psicológica?!
Ah! Esquecia-me: disse-me uma galinha-d'angola... Galinha?! Não foi um passarinho?! Não. Desta vez, uma galinha. A galinha d-angola, Semíramis, disse-me que os vírus não voam de uma pessoa para outra, pois eles não sabem voar; portanto, o mocorongovírus não foi, jamais, nunca, never, do focinho de um primata sapiens para o de outro primata sapiens.
Ah! E quanto às pessoas que morreram alvejadas pelo ferrão do mocorongovírus?! Quantas o mocorongovírus mandou desta para a melhor?! Não sei. E jamais se saberá. O passarinho atrás da minha orelha... passarinho, não, galinha... Pulga... A pulga atrás da minha orelha me pôe de orelhas em pé...