VIVEMOS NO IMAGINÁRIO. SOMENTE.

Nossa vida é viver na realidade do imaginário, pela sobrevivência. A tese da antítese sem possibilidade de contestação.

Precisamos de algo para sustentar nossas inseguranças; todas. Não aceitamos a dúvida da mesma forma que não acolhemos o que nos foge da conquista para crescer em todos os caminhos que vão sendo percorridos. Queremos a felicidade, PLENA, então inventamos uma sociedade de deuses, que não conhecemos, E INATINGÍVEL.

Pretendemos uma vida longa, extensa, como a eternidade, quando já viemos dela e para ela voltaremos, só que em formas diversas. Mas queremos uma vida como em corpo, sendo imaterial nossa origem, e desconhecida para a matéria, o que frustra e deixa insana a ciência, inibida e constrangida em seus braços de saber. Resta socrática e contida em seus saberes. Mas insiste em saber o que nunca saberá, como surge a vida, e criamos regras sociais para desobedecê-las, mesmo SOB COERÇÃO, uma sociedade justa composta de homens, que são injustos. Justiça ditada pela mais clara injustiça social visível nas ruas e nos tribunais.

Erigimos religiões para chegarmos a um Deus desconhecido, por temor à morte, como dizia o poeta romano Lucrécio, e criamos religiões para sobreviver, eternamente. Uma gigantesca pretensão ao que não se tem acesso razoável.

Onde está a realidade? No imaginário em que vivemos, entre mimos materias que acabam rapidamente, para alguns, quando existentes e alcançados, nada para outros na desigualdade militante, ou na plenitude de entender e aceitar o desconhecido como ele se apresenta, desconhecido.

É uma equação da sobrevivência irreal, imaginária, podendo se encontrar na ÚNICA CERTEZA, certeza do irreal, somente, abraçando e vivendo, assim sobrevivendo nada mais, NO IRREAL, na insegurança de tudo que o homem criou, que não atinge e não explica , as origens de nada. Originalmente persiste a imaginação do que se queria real.

Como chegar à paz?

Assim se chega à paz, pela aceitação da insegurança. Ela domina.

Essa a Paz do Cristo, necessária ser refletida com profundidade, Paz do Filho de um Deus acreditado, Homem como nós, que a explicou para ser aceita, recusada, a dúvida de viver amando para conhecer finalmente a PAZ.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 09/06/2023
Reeditado em 19/06/2023
Código do texto: T7809348
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