Os Domingos de antigamente
Acordei na madrugada. Lá fora reina o silêncio. Os grilos estão quietos as rãs e pererecas do brejo que fica aqui perto de casa, estão mudas.
Por sorte o galo do vizinho canta e os outros começam a responder quebrando o silêncio da madrugada.
Uma sapo tímido inicia à coachar com um som a imitar batida de lata. Em instantes três estão numa bateção de lata, logo se forma uma bateria de escola de samba.
Um passarinho começa a cantar é o suiriri, ainda está solitário , só tem a companhia dos galos e dos sapos " bate lata".
E assim vai a madrugada de Sábado trazendo o Domingo, dia este muito esperado por mim e meus irmãos: era no Domingo de antigamente, no almoço que a minha mãe fazia a tão maravilhosa macarronada, usando o extrato de tomate Elefante. Lembro da pequena latinha vermelha com o elefante também vermelho onde juntamente com o frango era juntado ao macarrão.
Naqueles tempos o Domingo tinha muito mais sentido que os de hoje...