Sou do tempo
Sou do tempo que homem era homem.
Que o primeiro objetivo era o estudo, o segundo o trabalho.
Nesse tempo aprendiamos a ser educados em casa, e o saber e o exemplo na escola, com bons professores.
Fomos forjados na dificuldade. Aprendemos valores éticos e morais.
Aprendemos a tratar uma mulher como uma dama, abrir a porta do carro para ela, puxar a cadeira para ela sentar, levantar quando ela levantar ou voltar.
Sou do tempo que se dava mimos, mesmo uma flor roubada num jardim, só para ver um sorriso no rosto dela brilhar.
Sou do tempo que mentir era vergonhoso, nem no espelho podia se olhar.
Do tempo que a fidelidade era absoluta, pois se respeitava quem se escolhia para namorar, talvez até casar.
Sou do tempo que havia no dia a dia cavalheiros, não cavaleiros.
Hoje sou o "estranho", o "diferente". Mas nada disso importa, porque caráter é latente, assim como princípios também.
Quem quiser e mereça que me queira assim.