A formiga

Era uma vez uma formiga, cuja vida era trabalhar, num incessante movimento, noite e dia sem parar, às vezes parava, pois as formigas não dormem, num estado letárgico ficam, sempre alertas a um perigo.

Um dia, viu algo estranho, um cheiro doce, um líquido viscoso, pensou "vou investigar", e lá foi ela encontrar um detergente com essência forte, quanto mais entrava, mais suas patas se grudavam, e lá se foi a pobre formiguinha, morreu a coitadinha, grudada "no seu querer".

Assim é nossa vida também, bem assim procedemos também, ao acaso conhecemos alguém, doce, cheirosa, e colocamos o pé no "líquido" do seu viver.

E mais e mais os pés e a mente afundam no mel do seu "suposto" querer.

Mas pior que a formiguiguinha, gostamos disso e ali ficamos, provando, sentindo, caindo se aprofundando, pensando "vou viver".

Pensar é uma coisa, conseguir é outra, infelizmente é mais fácil, como a formiguinha morrer, só que de tristeza "por não ter" "aquele" viver.