... e tem início a Terceira Guerra Mundial. Finalmente.
Agora vai!
Após adiarem vezes sem conta o início da Terceira Guerra Mundial, os Estados Unidos da América, terra sagrada do Tio Sam, e a China, terra sagrada do Confúcio, que, dizem por aí, era indiano - e eu não meto o bedelho em tal história -, e a Rússia, terra sagrada do Pushkin, bombardear-se-ão, e não com bolinhas-de-gude, mas com devastadores artefatos nucleares.
Agora vai!
Encerraram, se é que algum dia existiram, os encontros diplomáticos entre os representantes oficiais do alto escalão do governo dos três países, todos a parlamentarem, animadamente, intercalando suas falas com deliciosos e suculentos comes-e-bebes de dar água na boca e fazer todo católico lamber o beiços.
Agora vai!
É guerra! A guerra será pra valer, anunciam as vozes midiáticas, apocalípticas. Agora não há mais retorno! Ou vai, ou racha!
O admirável Putin - Putinho, para os íntimos -, para decepção dos profetas do Apocalipse (ou do Ragnarok, querem os fãs da mitologia nórdica - Morte a Balder! Que venha a Serpente de Midgard!), não bombardeou, com o seu mefistofélico Satã, Washington, e com os filhos de tal demônio, Londres, Paris, Berlim, Roma, e as outras capitais das nações européias. Mas Xi Jinping, ao contrário do seu colega eslavo, não irá decepcioná-los.
A querida e amada dona Nanci, saída de Washington, rumou, de avião, para a Ásia, e declarou, para contrariedade dos chineses, que iria, depois de passear por Singapura e Tailândia, descer em Taiwan. Xi Jinping torceu o nariz, e ameaçou rachar a cabeça da dona Nanci com uma bomba, e daquelas bem grandes. Será a visita da americana à ilha formosa o estopim da Terceira Guerra Mundial.
Agora vai!
Cá entre nós, o casus belli da guerra que irá dizimar a espécie humana e, provavelmente, exterminar toda vida que há na Terra, é de um mal gosto de dar engulhos em todo bastardo. Bons tempos aqueles em que era a razão de ser das guerras o rapto de mulheres divinas. Que o digam os gregos e os troianos.
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Nota: Agora vai! Agora vai! Não foi. Não foi desta vez que o mundo assistiu a um espetáculo feérico, bombas atômicas a explodirem nos ares de todo o globo, tais quais fogos-de-artíficio em noite de reveilão. Que tristeza...