Rotina de cidade

No sinal fechado a mulher grávida está a pedir esmola. E naquele caótico trânsito alguém, além de dar moedas à mulher, segura a mão o qual depositou a moeda com suas duas mãos e acaricia aqueles dedos sofridos, e da-lhe um aperto de solidariedade.

A mulher agradeceu e sorriu diante daquele ato de atenção, de carinho.

A falta de um olhar fraternal, de amor, na infância daquela pobre mulher a ausência de brinquedos, a infância ceifada frutificou aquele cena no trânsito.

O sinal abriu, a grávida pedinte correu para a calçada e o carros apressados avançaram para que os seus condutores seguissem a vida rotineira do mundo.

Jorge Sousa
Enviado por Jorge Sousa em 16/03/2022
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