I CAN GET SATISFACTION e ir para Babylon com Mick Jagger e Fagner

Estudei e ainda estudo, apostei em mim, ò céus! Apostei na maltratada máquina da educação pública. Realizo tantas coisas, sou quase aquela mulher insuportável que faz, correndo atrás dos diversos prejuízos. Entretanto não consigo ter acesso ao que gostaria de ter. As mais estreitas portas da fantasia (e até inofensivos sonhos de consumo) se fecham e me olham desdenhosamente, através de seus olhos mágicos.

Ray Conniff, sua orquestra e coro se apresentaram na buate Augustu's, Julio Iglesias também. Sonhei feito uma maluca estar presente à festa, ocupando a chamada mesa de pista, aquela privilegiada, de frente para o espetáculo, na primeira fila.Aí, então, o caliente Julio lançaria sobre o meu decote um olhar de louco por magérrimas. E me convidaria para dançar, eu, entre tantas, a escolhida do sultão. Dançaríamos Manuela.

Fevereiro de 2006 e Mick Jagger, com aquela cara, paradoxalmente feia e carismática, aquele traseiro seco, e eu só posso ver pela TV! Além do mais, traz aquela Linda pernuda, sonho inalcançado de Rodin, com uma voz de despertar a Ilha de Lesbos.

Ali, naquele Rio de Janeiro amado e mal-afamado, da Rocinha e do Carandiru, o milagre aconteceu.

Mais gente do que água sobre a superfície daa Terra. Todas as hipérboles permitidas, neste caso. Nada de isopor de cerveja e água mineral. Nada de adolescente exibindo latinha, fazendo marketing sem faturar.A maior paz.

Os deuses do rock desceram do Olimpo, vieram ver aquela festa melhor que Woodstock. Kate Richard demonstrou por a mais b como a arte transforma sapos em príncipes.

O mago do rock dos anos 60 acariciou um milhão e duzentas mil pessoas, beijou, lambeu, hipnotizou. Vestiu a camisa Rio/Brasil , conseguiu tanto dar quanto ter satisfaction.