A verdade temida

Criaturas como eu chegaram a um tal nível em que tudo é provado com intenso prazer.

Cada sensação um pouco mais profunda. Bem, da nossa arte gozam os de curiosidade ainda mais aguçada. O frio e o quente se encontram em equilíbrio em nós, os nossos que os tendes como vossos, reconhecem a semente híbrida que vem se manifestando neles. A dor não os tornou fraquejantes e não os acovardou, os fortaleceu, fez-lhos merecerem ainda mais um pouco do que vós recebereis.

Homens assim não são subornados com o “céu", entendem isso como sendo a usurpação da liberdade. Provam um viver irrenunciável, o tempo interpretado como um fragmento do imenso, ora, tendes o tempo psicológico como inimigo das paixões e companheira da perfeição, trágico, o temos como a erva daninha face à vida, um agente corrosivo para as criaturas que pretendem um viver acima da miserabilidade. A arte de amar não é para os de coração pequeno, nisso consagramos o início de um já para a vida. Quem são os de coração pequeno? É uma questão que carece de uma plausível resposta, porém, não vinda de nós, vos temos dado a saber de muita coisa, e até então não quiseram despertar. A muito tempo que vos mandamos à porta os segredos deste enorme universo, e não quisestes dar a merecida devoção.

O homem moderno tornar-se-á em toda era da evolução a criatura mais distraída em todo o universo, a sua distração o repelirá de um pleno viver, o arrastando a contentar-se em “sobreviver”.

Sec.XIII

Padrões poemia II de Susatel

Do Livro LATANTUM

Susatel
Enviado por Susatel em 22/11/2021
Reeditado em 27/11/2021
Código do texto: T7391754
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