Eu me perdôo
As redes sociais deram espaço ao nosso necessário desabafo e ao mesmo tempo, por eliminar espaço geográfico, nos permite conhecer mais sobre a humanidade, sobre nós mesmos.
Com isso os filósofos e psicólogos virtuais apareceram aos montes. Mas na verdade apenas se evidenciaram, pois somos o que somos, o ambiente apenas nos revela.
E essas profissões, lamentavelmente, nunca foram muito respeitadas. Equivocadamente todos achamos que podemos ser, sem estudo algum, sem preparo, intelectuais que ditam soluções para os problemas que se encontram nas profundezas do ser humano. Não probleminhas apenas, mas aqueles existenciais. Somos realmente arrogantes.
Esta expressão, a título de exemplo, é muito explorada pelos sábios de Facebook: "eu me perdôo."
Tudo bem, posso chamar alface de carne sem que eu receba do delicioso vegetal as proteínas que o alimento de origem animal tem. Qualquer um pode enganar a si mesmo se quiser fugir de si ao invés de se encarar, de se conhecer
Mas o sentido dessa expressão maravilhosa, trazida a nós por estudiosos da psiquê humana, é arcar com as consequências de nossas atitudes e não fugir dessas responsabilidades.
Portanto, quando pensarmos em gozar do equilíbrio que a atitude de nos perdoar traz, façamos a seguinte pergunta a nós mesmo: o que eu fiz para merecer esse perdão?
Pois se nem ao menos tentei reparar o mal que causei a alguém, estarei não somente sendo hipócrita, mas me impedindo de crescer através de uma grande ilusão.