UMA CRŌNICA PARABŐLICA
Quando fiz engenharia em São José dos Campos, morava em um república próxima da favela Linha Velha. A gente, nos feriados longos, ou férias, voltáva para as nossas casas e invariavelmente a república era assaltada.
Até que arrumamos o Castelo, um cachorro policial de grande porte, impressionava, qualquer batida no portão lá vinha o Castelo latindo , rosnando e mostrando os dentes. Tivemos um período de bonança. Até que um dia um moleque da favela bateu os pés e gritou com Castelo, mandando ele ir deitar,
Aquele cachorrâo meteu o rabo entre as pernas e voltou para o fundo da casa.
Outro cachorro que marcou a minha vida foi um vira-latas, super valente não recuava nunca, nem se um menino tivesse um meio tijolo na mão, saudoso Arrastão, um dia apareceu com um olho vazado.
Estes animais trazem à memória dois colegas, um baixinho entroncado e valente, não rejeitava nenhuma contenda, tinha o prazer de brigar. Outro era bonito, olhos verdes, bigodão, era o docinho de coco das meninas. Mas, era um bravateiro, encrencava com todo mundo a sua volta, professores, com a diretoria, servidores do pátio. Só que nunca ía aos finalmentes, sempre, estrategicamente a turma do "deixa disto" intervinha .Até que um dia os dois se desentenderam, e a turma do "deixa disto° estava mais interessada a ver no que ia dar este desencontro.. O bonitão bravateiro ficou sem saída, aí disse que não quis dizer o que tinha dito que tudo foi no calor do momento.
Não sei porque lembrou me o Planalto, aliás o Castelo.