PARASITAS

Em todos os reinos existem parasitas. No reino vegetal, por exemplo, existem diversos deles. Lembro-me da figueira-mata-pau, um parasita vegetal que sobe se entrelaçando por uma árvore hospedeira. A figueira-mata-pau extermina a planta com seu “abraço da morte”. Ela suga a seiva da árvore, seu oxigênio e o seu espaço ao sol. Com o passar do tempo, quando já se fortaleceu a custa da outra planta, ela toma o seu lugar. Esse é o comportamento típico de um parasita.

No reino animal, o parasita em geral suga o sangue do seu hospedeiro; como por exemplo, fazem as pulgas, os carrapatos, os piolhos, os bernes, as sanguessugas, etc. Esses parasitas são criaturas incrivelmente preparadas ou adaptadas para se aproveitar de outra vida, de maneira invasora. Pegam uma “carona” no corpo do hospedeiro, como um clandestino aproveitador. Os vermes e algumas bactérias fazem isso com excelência; de maneira ilegítima. Na biologia é um organismo que vive de ou em outro organismo; dele extraem o seu alimento e não é raro que causem sérios danos.

Do ponto de vista pejorativo ou simbólico, o parasita é uma referência feita ao indivíduo que vive à custa alheia, por pura e conveniente exploração, facilidade e preguiça. Em países com alto índice de corrupção como o Brasil, os políticos em geral se corrompem e adotam uma postura parasita, na intenção de “sobreviverem profissionalmente”. Isso, até que sejam identificados como corpos estranhos parasitando o sistema, sendo em seguida, extraídos ou eliminados com algum tipo de “vermífugo”; a honrada Justiça.

Os vermes devem ser frequentemente eliminados, pois causam danos sérios a saúde do “corpo”, nesse caso, da nação. Os parasitas sociais do “Universo Humano” são os mais esdrúxulos. Esses “organismos” indesejados pensam e agem de maneira politizada, organizada, oportunista, alienada e egoísta. São programados para subsistir a qualquer custo. Dessa forma, são extremamente perigosos, nocivos, venenosos, tóxicos. O parasita busca a vida; e a vida quer fugir do parasita, seu paradoxo inimigo.

O parasita simboliza ao mesmo tempo, a vida e a morte. Parece ter uma natural missão, intenção ou possessão científica, espiritual, teórica, de caráter sentencial. O parasita desempenha o papel de juiz, réu e carrasco; respeitando apenas seu “instinto biológico assassino”, a lei do mais forte prevalecendo sobre o mais fraco. Assim como existe o controle de pragas, com os parasitas não é diferente; eles podem ser exterminados, na busca pelo equilíbrio saudável de todos os sistemas e reinos.

Adriano Besen
Enviado por Adriano Besen em 04/06/2021
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