É BOM QUANDO SE PODE DIZER "FEITOS UM PARA O OUTRO..."

Para que uma parceira possa ser chamada de perfeita,

tipo "feitos um para o outro", existem certos mandamentos

a serem respeitados e seguidos...

Respeito, carinho e consideração, são fundamentais, sem falar

em uma reciprocidade total e sincera...

Ósculos e amplexos,

Marcial

É BOM QUANDO SE PODE DIZER "FEITOS UM PARA O OUTRO..."

Marcial Salaverry

Para que se possa dizer que "foram feitos um para o outro", formando uma parceria perfeita, é preciso bem entender como isso pode acontecer, e para tanto, vamos analisar com isenção de ânimo como deve ser uma mulher, e como deve ser um homem, para que a parceria seja efetivamente perfeita, para que possa existir uma parceria para a vida toda, e talvez até depois...

Como deve ser e agir uma verdadeira mulher. Analisemo-la à luz das necessidades de um homem que saiba dar o devido valor a uma mulher. Sem preconceitos machistas ou feministas, apenas realistas. Poderemos também analisar como deve ser um homem, para que a mulher, que é responsável, possa desenvolver toda sua capacidade de ser. De parte a parte deve haver principalmente muito respeito e consideração.

Vamos ser apenas realistas, porque, para ser responsável pelo que cria, o homem precisa, antes de mais nada, ver no espelho o rosto de uma criança, e jamais esquecer essa visão, não podendo esquecer que dentro dele, das necessidades que reconhece em si como um ser dependente dos demais, está o segredo dele ser um Homem - e ser um agente de construção na vida daquilo que lhe é mais importante na vida adulta: a família. Realmente, assim deveria ser, mas nem sempre é dessa maneira que acontece...

Ela deverá ser forte. Poderosa. Ao mesmo tempo, suave e delicada. E elas sabem ser. Quando querem. Quando seu parceiro o merece. De seu bom senso em saber usar seu poder e sua ternura, está a base da felicidade e do bem estar. Dominadora, sem exigir servidão, e dominada, sem se rebaixar. Ponto de equilíbrio da dupla. A mulher sabe usar sua intuição nos momentos de urgência. Ele deverá ser forte. Poderoso. Não na conquista de corpos, mas na conquista de si mesmo. De sua força dependem crianças e mulheres. De seu poder depende o crescimento de empresas e nações. Isto fará com que ele seja, ao mesmo tempo, suave e delicado, porque é impossível ser forte e poderoso sem suavidade, ou a força se transforma em domínio, e o poder em poderio. E assim terminam por perder o ponto de equilíbrio ideal, e realmente são felizes aqueles que conseguem se enquadrar neste parâmetro, pois efetivamente, esta é uma definição muito precisa.

Comparativamente falando, podemos dizer que ela deverá ter a força e o calor do sol para aquecer o dia do homem, e ao mesmo tempo, deverá ter a suavidade da lua, das estrelas, para iluminar o amor, e permitir o repouso após o embate amoroso. Ele deverá ter a força e o calor do sol, que alimenta e aquece o solo, ou seja, a mulher, que vai gerar as plantas do lar, as crianças que ambos conceberão. A natureza inteira depende do sol. Mas se ele é inclemente, a vida desaparece do solo, e as plantas fenecem. Ele deverá ter a suavidade da lua e das estrelas, para embelezar e iluminar a longa noite da espera, esperando que um bebê cresça, um adolescente amadureça, o tempo do pós-parto chegue ao fim, que da menopausa renasça aquela que ele amou, e que oferece pouso da segurança de braços a seu redor.

Realmente, os homens que sabem ver na companheira de muitos anos ainda aquela menina que o encantou, podem considerar-se dignos da companhia dela. Os que não sabem ter essa visão, precisam entender não são elas que ficaram velhas, feias, é o seu espirito que não sabe enxergar e reconhecer a real beleza que está a seu lado.

A mulher deverá ser amena e benfazeja como a brisa que acaricia nosso corpo durante o dia. Contudo, em certas ocasiões deverá ter a fúria da tempestade, mostrando toda a força de seu amor. Por seu lado, o homem deverá ser ameno e benfazejo como a brisa, porque nem todos os corpos que acariciam são sensuais e belos. Alguns são os corpos delicados dos filhos de seu poder. A mulher nunca será apenas um corpo, ela é a matriz de onde sai a humanidade. Contudo, o homem deverá ter, em certas ocasiões, a fúria das tempestades, mostrando a força de seu amor não na força do desejo, mas quando precisa defender os seus da força de destruição que este mesmo desejo pode causar, ao se voltar para outros corpos, abandonando as frágeis plantas de seus filhos nas mãos trêmulas da mulher abandonada, usada, descartada. Aqueles que tomam semelhante atitude, efetivamente não podem ser considerados homens na verdadeira acepção da palavra, mas sim meros machos à procura de fêmeas.

Ela deverá saber se impor com suavidade, fazendo prevalecer sua vontade, fazendo com o que homem pense que é ele quem comanda. Essa impressão de domínio masculino é importante para que a mulher prevaleça. Não deve se apequenar, submeter-se, mas deixar essa impressão, para que ele possa sentir-se o "Chefe", ainda que não o seja. Ele deverá saber se impor com suavidade, mas apenas quando movido por sabedoria. Fazer prevalecer sua vontade, mas apenas quando ela não se resume à vontade egoísta da posse, mas à vontade do homem que conhece a Verdade. Ele não deve exigir ser aquele que comanda, mas sim o que dirige e guia. Sua concepção de "domínio" deve ser a de um deus que cria e faz florescer, não de um déspota que tem em sua mão poder de vida e morte, e o usa. E deve ser capaz de se submeter, quando a situação o exigir, porque amor é, acima de tudo, ceder parte de si mesmo a outrem.

Este deveria ser um dos mandamentos da conduta do homem. O segredo consiste em comandar, e não mandar, em coparticipar da vida familiar, e não simplesmente dar ordens. Deve sempre haver um consenso, que só se obtém com diálogo. Assim, embora ele ostente o poder, em seu íntimo sabe a grande companheira que tem. E saberá escuta-la em seus momentos de duvida, e saberá passar-lhe o bastão quando a situação o exigir.

Embora a mulher seja a que verdadeiramente retém o poder, já que é o solo, em seu íntimo ela saberá que o solo nada é sem o Sol, e saberá escutá-lo em seus momentos de fraqueza e dúvida, ficando bem claro que o equilibrio vem quando existe coparticipação, diálogo, entendimento, enfim, tudo deve ser resolvido em conjunto, após um diálogo saudável e pleno de compreensão...

Ela deverá ter a doçura de uma fruta madura, sem esquecer que por vezes a fruta pode ter um travo amargo mas devemos saber o momento de aproveitar a doçura, ou de entender os problemas que ela pode estar passando. Ele igualmente deverá ter a doçura de uma fruta madura, porque precisa alimentar os espíritos daqueles que estão de olhos voltados para ele, esperando nutrição, cuidado, segurança. Jamais deve tirar seu fruto dos que dele dependem, para dar a quem mais lhe agrada. Um novo corpo de mulher não deve cegá-lo a seu dever de homem e de pai, que é a configuração máxima do homem.

Frizando-se novamente a importância da união. Não é o caso de se falar em direitos e obrigações, mas sim em colaboração, vida em comum. Coparticipação. Cada qual fazendo sua parte, seja ela qual for. Não importa quem trabalha fora ou quem trabalha em casa... Quem ganha mais ou quem ganha menos. A união é que deve prevalecer. O entendimento. Nem o homem, e tampouco a mulher devem trocar a parceria, apenas por desejar provar um "capim novo".

Ela deverá ser terna e suave como as pétalas das flores, mas sempre lembrando que flores também tem espinhos, e que devem ser tratadas com cuidado e carinho para não ferir as mãos de quem as toca sem a devida atenção. Ele deverá ser suave, terno e paciente como o jardineiro, lembrando sempre que flores também têm espinhos, e que precisam ser cuidadas, e que as ervas daninhas sejam arrancadas sem misericórdia, para que possam lhe proporcionar a beleza e perfume que ele tanto almeja. E deve saber que flores machucam sem saber, porque é de sua natureza ter espinhos.

Cuidados e atenções sempre devem ser recíprocos, pois o grande segredo é a reciprocidade que sempre deverá existir. O amor, a união, é algo que certamente exige reciprocidade. Uma estrada de mão dupla. O que vem, vai. Seja carinho ou bofetada. Reciprocidade e respeito.

Ela deverá ter a alegria encontrada no chilrear das avezinhas quando o dia começa. Sempre é bom amanhecer com alegria, mas devemos fazer nossa parte, pois a alegria, a felicidade, exigem reciprocidade. Ele deverá ter a alegria dos pássaros, que cantam apesar das tempestades, e reconstróem seus ninhos depois do vendaval, sem abandonar os delicados ovos ao próprio destino, enquanto procura paragens mais amenas para si mesmo. Ele deve cantar na manhã o renascimento de todas as coisas, para que tudo ao seu redor se ilumine, sem esperar que façam por ele o que lhe é divina tarefa: nutrir e dar força.

Com outras palavras, o fundamental é que deve prevalecer sempre o sentido de união familiar. Sempre a solidariedade deve prevalecer. Sempre quem estiver melhor, deverá apoiar o outro. Seja quem for, homem ou mulher. Direitos e deveres iguais, em clima de carinho, respeito e consideração.

Assim vivendo, e descobrindo após longa convivência que realmente "foram feitos um para o outro", sempre teremos UM LINDO DIA, algo que poderá perdurar por muitos e muitos anos, e quem sabe, até à eternidade...

Marcial Salaverry
Enviado por Marcial Salaverry em 19/05/2021
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