ANÔMIMOS COADJUVANTES DO COTIDIANO
São nossos fiéis servidores, cumprindo seu papel sem nunca reclamar. Dependemos deles pra certas funções vitais do cotidiano. Alguns são triviais, outros espelham sofisticação rara. Curioso observar que um respeita o ofício do outro e somente atuando em conjunto conseguem dar conta das tarefas com maestria, formando um time coeso e harmônico. Estão ao nosso lado desde os primórdios da civilização e, certamente, continuarão assim mesmo com todos avanços tecnológicos. Algumas pessoas os dispensam e podem viver sem eles, pois não lhes faz a menor falta, e isso já faz parte da sua cultura milenar. Podem se transformar em assassinos e cruéis instrumentos de tortura, se assim for conveniente. Alguns irmãos deles contribuem para que determinadas artes sejam concebidas. Curioso observar que nenhum designer, por mais talento que tivesse, foi capaz de propor alguma releitura radical nas concepções originais, o máximo que se fez foi uma mera incrementada nas versões básicas. Apesar da sua importância incontestável, normalmente o que fazemos é colocá-los ao nosso serviço sem qualquer reverência e, cumprida a tarefa, retiramos os vestígios que neles permaneceram sem muito alarde. Imagino que já sabe do que estou falando. Se não tiver a menor ideia, vai uma dica: quando for colocar algo goela abaixo da próxima vez, observe o que tem nas mãos. A esses anônimos coadjuvantes do nosso dia a dia, a minha sincera homenagem.