E AGORA, FAZER O QUE?
Acho que posso me considerar um sujeito bem vivido, não só pela idade em si, mas pelas experiências pessoais e pelas dos outros, das quais tive conhecimento e de certa forma às vezes participei.
Acredito que muita coisa boa no Brasil foi jogada no lixo nos últimos anos. Falo na questão dos direitos das pessoas de forma geral e entre esses os direitos trabalhistas.
Para que ninguém fique imaginando que o meu lamento tem a ver com ideologia, o que também pode ter, digo que a esquerda brasileira “comeu bola”, pois poderia ter feito uma reforma trabalhista justa, que não penalizasse só o trabalhador, como a que foi feita depois do impitimam da presidente Dilma. Por que não fez? Porque não teve coragem de enfrentar interesses de organizações sindicais, que costumam agir politicamente, que se colocavam contra qualquer iniciativa que se tivesse para modernizar a CLT.
Como não sou especialista e nem estudioso no assunto, vou me ater ao lado prático.
A Justiça Trabalhista transformou-se em instrumento para enriquecimento de advogados, que se assemelhando a um aliciamento de clientes, propunham causas absurdas, sem condições de serem levadas a um resultado positivo em um julgamento justo, com o único propósito de conseguir um acordo, o que frequentemente aconteciam. Conseguiam porque ao acionado ficava mais barato e menos perda de tempo, pagar um valor acertado e a causa ser arquivada.
Essa cegueira da esquerda em relação a essa parte, gerou um descontentamento generalizado na parte patronal, que não quer dizer rica não, na grande maioria que sempre levou seus negócios com dificuldades. Por que qualquer um que precisasse contratar um empregado que fosse, iria apoiar governos que permitiam tais coisas?
Deu no que deu. Tiraram a esquerda e arrasaram com os direitos trabalhistas. O resultado foi bom pra quem? Os patrimônios do país estão sendo entregues a preço de banana sem que ninguém reaja, e a economia só afundando. O dólar que custava R$2,20 hoje custa quase R$6,00, a gasolina que era três ou menos reais, está o dobro. O Salario mínimo que tinha ajuste regular vai acabar por não comprar mais nem uma sexta básica.
O INSS., campeão nas filas por décadas a fio, chegou ao primor de conseguir conceder aposentadorias de um dia para o outro, quando todos os requisitos se encontravam satisfeitos. E agora? Quem está conseguindo se aposentar? Quem precisa urgente de algum benefício está aguardando resposta há mais de dois anos.
Para resumir e ficar por aqui, essa lentidão do INSS obedece à diretriz que convém a um governo que não se importa em nada com o povo carente. Que morram na fila das aposentadorias. Que morram na fila dos benefícios. Tudo isso é economia na visão dos cruéis.