O importante é a vida; a economia a gente vê depois
- E aí, bolsominion! O seu mito, o Bozonazi genocida está destruindo o Brasil. Você viu os índices de desemprego? Nunca se viu tanta gente desempregada no Brasil. E subiu o preço do combustível, e os dos alimentos. Você sabe qual é o preço de um quilo de carne? Nem com todo o ouro do mundo se pode comprar um grama de alcatra. Aumentou pacas! E o do quilo de arroz você sabe qual é? O povão tem de gastar meio salário para comprar um pacote de cinco quilo de arroz. E um litro de gasolina custa os olhos da cara. O que você tem a dizer, gado?!
- Ô, coronalover, desde há um ano você bosteja "O importante é a vida; a economia a gente vê depois." dando a entender que, enquanto durar a pandemia temos de nos preocupar com a vida das pessoas, e não com a condição econômica nacional, e com o das pessoas tampouco; segundo você, tais questões são secundárias, irrelevantes, mesmo, frente à questão maior, a vida das pessoas. Ora, o aumento do desemprego e a elevação dos preços dos alimentos e dos combustível são questões econômicas; portanto, não se preocupe; ocupe-se com a vida, a sua e a de todos; a economia a gente vê depois, afinal ainda estamos numa pandemia; e no seu momento mais crítico, é o que dizem.
- Deixe de lero-lero, bozominion. Desempregadas, as pessoas se desesperam; e com o aumento do preço dos alimentos e dos combustíveis, todos perdemos poder aquisitivo. Os preços aumentaram; os salários, não. E a vida piorou, né, gado!? Você sabia disso?
- Coronalover, você reconhece, então, o elo umbilical entre a vida e a economia. E desde quando? Desde sempre você vê os efeitos negativos das restrições às atividades comerciais, ou só agora porque agora você está sentindo o impacto deles no seu bolso? Se você sabia desde o início da fraudemia, há um ano, e fez pouco caso porque tinha a garantia de seu emprego e não sentia seu poder aquisitivo se reduzir, e reprovou quem alertou a todos para a questão, então você é um patife; se você, com a sua excelsa inteligência, não via a conexão entre vida e economia, então você é burro. Nos dois casos, seja qual for o seu, você foi egoísta, insensível, indiferente ao destino alheio. E não era você que dizia que quem perdeu o emprego não tinha com o que se preocupar, e do que reclamar, pois, estando vivo, poderia conseguir um novo emprego após o fim da fraudemia, que você chama pandemia?! Então, pandemaricas, o que mudou desde então? Você, hoje, com o aumento do preço do combustível e dos alimentos, vê o seu rico dinheirinho escoar, fora de seu controle, por entre os seus dedos? E agora você teme perder seu emprego? A perspectiva não é das melhores, não é, mesmo, coronalover? Você tem olhos para o seu umbigo, unicamente. Aperte o cinto, reduza a sua ração diária, e não se preocupe. "Importante é a vida; a economia a gente vê depois."