Amores meus. Meus amores.
Amores meus. Meus amores.
Nós demoramos um tempo até entender que o amor não deve fazer mal. A gente precisa quebrar a cara algumas vezes para perceber isso. Passamos boa parte da vida procurando por algo sem saber bem o que é. As pessoas passam pela nossa vida e vão deixando um pouquinho delas na gente. E aí acabam nos ajudando a conhecer melhor o nosso coração. A verdade é que você ainda não estava pronto quando aquele grande amor do passado apareceu. Foi por isso que ele escapou. Foi por isso que ele te deixou escapar. Não existem culpados. Assim vamos deixando pessoas especiais pelo caminho. As folhas caem das árvores, mas acabam se encontrando pelo chão. Vida que segue. Há quem diga que só amamos uma vez na vida. Eu prefiro acreditar em amores únicos. E que o nosso coração tem uma gavetinha especial para cada um deles. Aquele primeiro amor platônico. Aquele outro arrebatador. Um outro mais calmo, mas que te ensinou muita coisa. Tem a gaveta das paixões proibidas, as de verão e aquelas onde a gente guarda quem dividiu o cobertor durante o inverno. A verdade é que a gente aprende um pouquinho com cada um. Tanto com as grandes histórias, quanto com aqueles amores não correspondidos. Cada peça vai ajudando a montar a imagem do quebra-cabeça que a gente acaba se tornando. Espero que o seu coração esteja bem. Que esteja pronto para ser invadido mais uma vez. Do lado de cá da tela, o coração do escritor segue batendo descompassado. A solidão inspira, mas parece que ainda falta alguma coisa. Tem um arranhãozinho que me faz lembrar alguém que ficou no passado. Tem também uma canção que eu costumo guardar com carinho. Aquela viagem ocupa um armário inteiro. A suíte presidencial segue reservada. Um tapete vermelho para aquela que vem pra ficar. Já pode chegar. Fique à vontade. Só não repara na bagunça. Sabe de uma coisa? Eu esperei a vida inteira para ter você aqui.
Guaxupé 28.11.19
1000tons
29/11/