Reconsiderar o que é a vida
Essa reapreciação do que é antropologicamente vivo e mais fundamentado no homem, com esta crise, é realmente, curiosamente, na minha opinião, tanto de guerra, quanto de paz.
Porque a consciencialização que muitos estão a ter, inclusive as gerações que serão o futuro, do que é mais importante, perguntas à Jung: "Que lugar posso ter na sociedade?" "Preciso mesmo de sair agora de casa, sabendo que posso levar a morte na minha respiração para junto dos outros?" obrigam a todo um tipo de perguntas quase de ética bíblica para a praxis, que eu acho muito interessante. São quase levar o Lévinas para a saída para comprar o pão.
De certa maneira, a globalização no modelo dos últimos 20 anos sino-cêntrico, acabou. Nesse aspecto, acho que a crise da pandemia, curiosamente, equilibra o mundo, mais do que aconteceu com a gripe espanhola que foi uma espécie de terceira guerra mundial silenciosa entre as duas do séc. XX e normativizou a morte no século mais trágico da humanidade.