M e t á f o r a
TENHO certeza que alguns hermanos e hermanas deste Recanto já manjaram que sou um véio caduco meio frustrado (meio?) com suas limitações no tocante às artes. Eu mesmo já confessei isso reiteradas vezes.E sei de minhas limitações porque sou bom observador e bom leitor. Juro.
Das artes, duas me fascinam: a música e a poesia. A primeira descartei logo cedo porque não aprendi sequer a bater numa caixinha de fósforos, e sou desafinado até assoviando. A segunda, mesmo sem vocação,continuei tentando, insistindo, fazendo versos de pé quebrado e publicando como se fossem letras de música. Uma maneira de compensar a frustração.Assim continuo praticando as minhas "metáforas" como o Mário do filme "O Carteiro e o Poeta".
Falei em Mário (o carteiro) e explico: sempre volto a assistira esse filme maravilhoso. Fico maravilhado coma cena em que o carteiro, Mário, homem simplório e muito ingenuo, está passeando na praia com o poeta Pablo Neruda. O carteiro está apaixonado por uma moça chamada Beatriz e quer fazer um poema para ela.Mas é mobral em poesia. Ele ouvira Neruda pronunciar uma certa palavra e,de repente, pergunta ao poeta: "Dom Pablo, o que é uma metáfora?". O poeta não consegue explicar direito o significado exato, a não ser declamando um poema. Mário não entende.No outro dia estão novamente passeando na praia e o poeta pergunta a Mário o que ele sente quando vê Beatriz.Ele responde que fica desorientado tal e qual os barcos no mar em meio a uma tormenta, balançando muito. Neruda rie diz: "Mário, você acaba de criar uma metáfora".
É desse jeito que faço minhas letras de música.Pardón pelas minhas metáforas. Inté.