A BORBOLETA AZUL

Maria corria sempre pelo gramado assustando os pobres grilos que ali ficavam a dormir e descansar depois de um dia de travessuras.

Todo dia ela tentava pegar com suas pequenas mãos de pingo de gente que ela era, mas eles eram mais rápido do que ela e a enganava sempre.

Incansável a pequena Maria insistia e insistia e nada de pegar os grilos que pareciam que riam dela.

O que ela queria mesmo era aprisionar um pequeno grilo inseto em tuas mãos.

E ela ali continuava nesta incansável caçada por vários minutos e nada, sem perceber que o tempo ia passando e não notava que o seu Pai a acompanhava com os olhos fixos da varanda de sua casa no sertão da Bahia, degustando aquele momento lindo que a sua filha estava lhe dando em forma de alegria correndo e tentando pegar aquele grilo que teimava em bailar na sua louca perseguição.

Seu Pai cabelos grisalhos, tempos passados ele vivia relembrando como era bom o seu tempo de criança, bons tempos, como era bom ser criança ele pensou.

Entre as flores de cada canteiro que tinha em tua casa, numa hortênsia que floria, Maria encontrou ali uma borboleta.

Ela aproximou lentamente, colocou sua mãozinha sobre os joelhos e curvou, e como que hipnotizada ela congelou o teu olhar no pequeno inseto que ali estava a tua frente.

Uma borboleta ainda mais com assas azuis, de um azul forte, intenso, maravilhoso, vivo e mais escuro que o azul anil do céu, e mais lindo que o azul do mar e a tua assa era a coisa mais linda que a menina Maria já tinha visto, pois tinha uma borda preta que emoldurava como a moldura de um quadro o azul das asas.

Seu Pai chegou bem atrás de Maria sem fazer o mínimo de barulho e silenciosamente postou-se ao lado dela, os dois ali como que petrificados olhavam admirados a borboleta.

Maria olhou para o seu Pai e como que pedindo sem uma palavra dizer pedindo a ele que pegasse a borboleta para ela.

Teu pai mais que contente lhe disse!

Filha você achou uma linda borboleta!

Exclamou o Pai?

Não precisamos pegá-la!

Deixe ela livre!

Olha que lindo!

A feição de Maria entristeceu-se o teu Pai sentou-se na grama e colocou a tua filha Maria em seu colo e lhe disse:

Não fique triste filha, se prendermos a borboleta ela morrerá, não vamos machucá-la!

Deixe-a voar em direção da liberdade para que ela possa embelezar ainda mais este mundo e a natureza com a tua beleza.

A borboleta azul continuava ali como que parada a deixar que a menina Maria lhe observasse parada sobre a flor na mais linda de sua plenitude.

Maria queira pega-la, sentir ela em tuas mãos.

Pai de onde vêm as borboletas?

Teu Pai mais que depressa lhe respondeu que elas nascem de um casulo, pois ali no casulo são a fase final da vida de uma lagarta que se transforma em borboleta.

Maria como que espantada perguntou para o seu Pai!

A lagarta vira borboleta?

Mas como vira borboleta esta coisa feia e nojenta que é a lagarta.

Teu pai mais que depressa lhe disse, sim minha filha a lagarta pode ser feia, nojenta e o bicho mais asqueroso, mas depois que ele entra dentro de um casulo se torna a mais linda de todas as borboletas, que vai voar e deixar a natureza mais bonita e beijar cada flor que encontra pelo caminho.

A lagarta é um pouco como a gente, pois nós crescemos e cada dia vamos mudando, se transformando e virando numa pessoa mais bonita ainda.

Maria mais que depressa retrucou!

Mas eu não sou feia como a lagarta!

Não minha filha você é linda.

Mas todos nós precisamos saber que temos muitos defeitos dentro de nós, coisas feias que falamos e dizemos, e que precisamos nos esforçar muito para podermos mudar nossa vida.

E a mudança a gente só vai conseguir com bastante esforço e muita vontade de se viver.

Você já é linda, mas vai ficar mais linda ainda quando estiver amando e descobrir o teu amor em forma de bebe ou Love, e aí sim tua vida ira se transformar em uma borboleta azul como esta que você tanto quer pegar nas tuas mãos.

Maria nunca esqueceu depois que cresceu dos conselhos que o teu Pai lhe deu sobre a borboleta azul, e hoje a borboleta repousa em cada pensamento e em cada página de teu computador como uma coisa rara em sua vida.

Comendador Marcus Rios

Poeta Iunense – Acadêmico -

Membro Efetivo da Academia Iunense de Letras (AIL)

Membro Efetivo da Academia Marataizenses de Letras

Membro dos Poetas, Escritores e Artistas do Amor e da Paz

Membro dos poetas, Escritores da Casa dos Poetas e Poesias

Fundador da Casa da Cultura Iunense

Embaixador da Paz

Poeta das Letras

Poeta do Amor

Mestre das Letras

Mestre das declarações apaixonadas

Mestre das lindas palavras de amor

Mestre das Inspirações imediatas

O Mestre dos Mestres

O Mestre do Amor

Mestre das Letras de Amor

Mestre dos Mestres das Letras de Amor

Amigo das Letras

Marcus Rios
Enviado por Marcus Rios em 01/03/2021
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