Exército em Crise
Hoje, durante mais uma lavação de louça vespertina, me dei conta do quanto a pandemia da covid19 se assemelha a uma guerra e de como possuímos batalhões com diferentes funções em meio ao caos.
Tudo começou com um ataque. Um assalto! Rápido; repentino e que nos deixou perdidos. Um tal de corona vírus fez ataques em todo o mundo e invadiu o Brasil escondido entre os tecidos de um turista. Nós, acostumados com outras doenças, pensamos que dez ou quinze dias bastariam para expulsar o inimigo. Que engano...
Os melhores soldados da humanidade se uniram para encontrar uma medida de contra-ataque ao vírus; eis o primeiro batalhão, o dos cientistas. Um outro grupo de soldados ficou responsável por lidar com os diversos feridos que o inimigo provocou; o batalhão dos profissionais de saúde da vanguarda. Há ainda um batalhão muito malsucedido que nitidamente foi derrotado, visto que abandonou sua missão e apenas reza para que os outros batalhões triunfem: o batalhão da população, cuja missão era se defender e evitar ser ferida, utilizando das melhores armas apontadas pelos estrategistas, o álcool, a máscara e o isolamento. A população só tinha uma missão que era se isolar e se cuidar e minados pelo tédio, saudade e cansaço, se renderam às aglomerações e ao sofisma de que é só uma gripezinha.
Sou grato aos outros batalhões por perseverarem mesmo sob desfalque, porque se dependessem do sucesso da batalha travada pela população certamente todos nós perderíamos a guerra.
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Mensagem do autor: Obrigado por ter lido! Posso pedir mais uma coisa? Essa foi a minha primeira crônica, então peço que comente e principalmente critique o texto. Está bom? Está claro? Está agradável de ler? Está técnico? Tudo o que vocês puderem me dizer para eu melhorar esse gênero o qual pretendo explorar muito mais. Grato!
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