PERSISTIR

A sensação de se perder é comum em algum momento da nossa vida, questionamo-nos tudo e desde sempre, se somos filho dos nossos pais, se não temos algum parente rico, se a cor do nosso cabelo realmente tem que ser essa ou se nossa voz é bonita.
Nessa onda de questionar tudo, crescemos, vemos o que antes colocávamos a mão nos olhos e vivemos o que nos falavam para sairmos de perto porque era "papo de adulto".
Achamo-nos aos catorze e perdemo-nos aos dezesseis, porque é assim, ganhamos o mundo achando que sabemos de tudo e somos somente mais um na conta da vida. E quando percebemos que não sabemos de nada, a vida vira um caos.
Não sabemos o porquê na África haver tanta riqueza e pobreza na mesma cidade; não entendemos o porquê os Estados Unidos são referência de um bom país; não entendemos o porquê o Brasil despreza o povo indígena que é sua origem.
Também não entendemos o que sentimos, porque, muitas vezes, são apenas nossos hormônios e essa é a desculpa mais esfarrapada para não pensar sobre nós e entender-nos!
A culpa de não nos entendermos e não conseguirmos entender o porquê de não conseguirmos fazer isso é dura, sufocante e agonizante. Ela acaba, acaba quando a última nota soa, o sino badala a última vez, quando a cortina se fecha e quando a terra começa a ser jogada.
Viver é um eterno martírio em conseguir ser algo.
Caroline Corrêa Krauzer – 16 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 05/11/2020
Código do texto: T7104695
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.