Dia do Poeta (20 de Outubro): homenagem aos Recantistas
 

20 de outubro é uma data importantíssima para os que veem a vida sob o olhar diferente e sensível do coração: é o Dia do Poeta.

Não é uma data oficial... não existe nenhum documento legal que defina isso. Possivelmente a escolha esteja apenas vinculada ao histórico surgimento do Movimento Poético Nacional, fundado em 20 de outubro de 1976, na residência do jornalista, romancista e pintor, o advogado paulista Paulo Menotti Del Picchia.

Mas, julgo necessário um esclarecimento dessa situação que pode gerar confusão em aguns, por simples desconhecimento: os poetas e os demais escritores, há cinco anos, passaram a celebrar o Dia Nacional da Poesia, em 31 de outubro. Aliás, in casu, é uma data definida oficialmente, através da Lei 13.131, de 03 de janeiro de 2015. 

Portanto, a celebração do Dia Nacional da Poesia, em 31 de outubro, data formalizada por lei específica, é diferente das comemorações extra-oficiais do Dia do Poeta, celebrado aos 20 dias, do mesmo mês de outubro. 

E a escolha da data do Dia Nacional da Poesia, com absoluta certeza, é uma justíssima homenagem ao maior poeta brasileiro, Carlos Drummond de Andrade, que nasceu no último dia de outubro de 1902, na pequena e acolhedora Itabira, Minas Gerais.

Outro esclarecimento que considero importante, para dirimir possíveis dúvidas subsistentes: “Antes mesmo da instituição oficial para 31 de outubro, o Dia Nacional da Poesia era celebrado em 14 de março, porém, em caráter não-oficial”.

E a celebração na data anterior, era justa homenagem ao “Poeta dos Escravos”: o baiano Castro Alves, nascido na fazenda Cabeceiras, em 14 de março de 1847.

Mas... por que mesmo comemorar o Dia do Poeta? E por que celebrar o Dia Nacional da Poesia? Por que essas duas datas são tão importantes para os escritores e para a sociedade em geral?

Respondo... inicialmente, com outras duas perguntas: “Como seria o mundo sem os poetas? Como seria a vida sem a poesia?”

Certamente seria um mundo mais triste, sem cores, modorrento, chato mesmo... uma vida muito árida. Um jardim sem flores. Um rio completamente assoreado... um sono sem sonhos. “Permito-me pensar assim!”.

Seria como se tivéssemos que comer, todos os dias, alimentos sem sabor... sem que o nosso paladar pudesse degustar o que há de melhor e mais gostoso nos nutrientes.

E para ser um poeta de verdade não precisamos ter o talento e carisma de Carlos Drummond de Andrade; nem a dimensão da arte do português Fernando Pessoa; nem a loucura genial e anarquista do piauiense Torquatro Neto; nem a sensualidade da poesia de Florbela Espanca; nem a visão social do cearense Patativa do Assaré; nem o virtuosismo do americano Bob Dylan; nem a genialidade e inconformismo de Belchior; nem a simplicidade nos versos do gaúcho Mário Quintana; nem a técnica parnasiana de Olavo Bilac; nem a beleza da poesia de Cecília Meireles; nem a lucidez de Cora Coralina; nem o lirismo intenso de Vinícius de Moraes; nem a melancolia exacerbada do simbolista Cruz e Sousa... Enfim, não precisamos ter nada grandioso ou espetacular!

Então o que é fundamental para ser poeta? Simples, entendo dessa maneira: "Ver a vida com algum lirismo... sob o olhar do coração, desnudando o que sente a alma, através de qualquer forma de manifestação... seja escrita, falada, encenada ou cantada! ". 

Assim, mesmo ser nenhum talento especial... sem me comparar a qualquer autor expressivo e prestigiado... (Existem extraordinários, aqui, no Recanto das Letras!!!) ... tenho, sim, a ousadia de me considerar um poeta... ainda que seja incipiente, desajeitado e tosco, na arte de versejar!

Perdoem-me os que pensam de forma diferente !!!
 


 
DEDICATÓRIA


A crônica é dedicada aos amigos que conquistei neste espaço literário. São maravilhosos e notáveis escritores (poetas, contistas, ensaístas, letristas, cronistas, etc.), que colorem a vida e alegram o coração, postando belíssimos textos... tornando, meus dias mais ensolarados, esperançosos e agradáveis.

Assim, saúdo poetas e poetisas com os quais tive o privilégio de interagir e muito aprender no Recanto das Letras.
 


 
Antônio NT
Enviado por Antônio NT em 20/10/2020
Reeditado em 26/10/2020
Código do texto: T7091597
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.