MAMÓRIA AFETIVA, VAMOS ATIÇA-LA? (BVIW)

 

Em se tratando de memória afetiva , vamos atiça-la?  Ora pois!  Faz tempo, mas eu me lembro quando, já tive o meu “você” e hoje tenho os meus dias de querer, de sentir saudade, de mensurar distância (entre o céu e a terra), contudo,  não me cabe dizer  que no horizonte da minha vida para todos os lados é poente,  é que às vezes eu sou assaltada por alguma saudade e se  entra  distância no meio, ai      complica... Culpa desta minha alma vadia e tão Fernando Pessoa, que me faz viver amando tudo o que foi, tudo o que já não é, sem desconhecer, entretanto,  que hoje  é um outro dia e a dor de ontem já  não me dói, quer dizer... tanto.
Para  os que  não se conformam com o já sofrido e são perseguidos pela saudade  boa do já vivido e que a memória teima em fazer presente, tem um conselho de Drummond à ser seguido: “A melhor medicina contra a saudade é a falta de memória”.
Já  para os que tem memória curta e se queixam de tal, há quem afirme  que  tem lá  suas vantagens , é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.

                                 
 
 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 29/09/2020
Reeditado em 29/09/2020
Código do texto: T7075210
Classificação de conteúdo: seguro