A VIOLÊNCIA EM NOSSAS VIDAS
A VIOLÊNCIA EM NOSSAS VIDAS
“ Ame, tolere, aguarde, trabalhe, auxilie e perdoe... Seis verbos tão simples na formação labial e tão importantes à nossa felicidade! (Francisco de Paula Cândido Xavier).
A violência pode ser classificada quanto à forma, atitudes, atos e objetivos? Sim. Podemos dentro do aspecto que é praticada reconhecer os diversos tipos de violência. Bem sabemos que o fator gerador tem aspectos e formas, e para sermos mais preciso “Modus Operandis”. Em meados dos anos 80, agravou-se a sistemática da violência em alguns países sul-americanos e mundiais. No Brasil dois estados estão no ápice e destacando-se entre os demais estados da Federação, São Paulo e Rio de Janeiro. À medida que a população aumenta, a migração cresce, o desemprego aparece, surgem à fome e a miséria, e se instalam nas grandes metrópoles, aquilo que é contumaz, palavra latina contumacia, representando uma sinonímia de grande teimosia; obstinação, aferro, afinco, pertinácia, bem como a recusa a comparecer em justiça por questão criminal, as favelas e cortiços, vielas e guetos. Não desejamos afirmar que a pobreza seja a causa primordial da violência, mas os perpetuadores se injetam nesse écran para tirarem proveito próprio. Incentivar os predestinados a adesão da violência, através da droga, do furto, do roubo, para depois inseminar o tráfico na forma mais pesada e violenta formando o que denominamos de cartel. A guerra civil na Colômbia e o narcotráfico são pontos fortes em países como o Peru, Brasil e México.
Esse mal causa crescentes problemas com a segurança pública, e a violência tende a assumir diversas modalidades, cruéis e perversas. Nem sempre o Governo Federal e os Governos Estaduais estão preparados para combater esse câncer, essa chaga, essa tuberculose que prospera e toma aspectos incontroláveis. A violência no aspecto físico é o uso da força ou atos de omissão praticados pelos pais ou responsáveis. Tendo como viés objetivo claros, ferir ou não ferir, deixando ou não marcas evidentes. São comuns murros e tapas, agressões com diversos objetos e queimaduras causadas por objetos ou líquidos quentes. O tráfico hoje pode ser considerado o monopólio e grande detentor da violência. O Estado com suas estruturas têm que agir com firmeza e resolução e deixar suas estruturas de omissão, corrupção, violação, impunidade e violações das regras não sejam comezinhas de cidadania. É o fator gerador é o dínamo da disseminação do medo e da insegurança. Na área da psicologia a violência tem rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito e punições exageradas são formas comuns desse tipo de agressão, que não deixa marcas visíveis, mas marca por toda a vida.
A negligência pode ser o ato de omissão do responsável pela criança ou adolescente em prover as necessidades básicas para seu desenvolvimento. Síndrome do bebê sacudido (Shaken Baby Syndrome). Esta síndrome se refere a lesões de gravidade variáveis, que ocorrem quando uma criança, geralmente um lactente, é severa ou violentamente sacudida. Podem ocorrer graves problemas desde a cegueira ou lesões oftalmológicas, atraso no desenvolvimento, convulsões, lesões da espinha, lesões cerebrais, até a morte. Outra síndrome bastante significativa, mas pouco conhecida tem o nome registrado como Síndrome de Münchausen por procuração. Entidade relativamente rara, de difícil diagnóstico, caracterizado pela fabricação intencional ou simulação de sintomas e sinais físicos ou psicológicos em uma criança ou adolescente, levando a procedimentos diagnósticos desnecessários e potencialmente danosos. A mais conhecida de todas é a violência que está no cotidiano de todos os seres humanos a violência sexual que transforma o homem em animal com comportamento bestial. Levando-o a praticar atos impensados como o abuso de poder no qual a criança ou adolescente é usado para gratificação sexual de um adulto, sendo induzida ou forçada a práticas sexuais com ou sem violência física. Não fica por aí, uma sinonímia de nome esquisito chamada de Bullying tem como ação o uso do poder ou força para intimidar ou perseguir os outros. As vítimas de intimidação e chantagem recorrente (Bullying) são normalmente pessoas que sem defesas que incapazes de motivar outras para agirem em sua defesa. Trata-se, infelizmente, de um problema que afeta as nossas escolas, comunidades e toda a sociedade. Como se vê estudar a violência em seus mínimos detalhes não é coisa fácil é tarefa para super-homens.
O tráfico de drogas como foi aqui explícito é um agravante que monta estruturas paralelas de poder, seja nas selvas, seja na marginalização dos grandes centros urbanos, aumentando de forma drástica os níveis de opressão sobre os fracos e oprimidos e medo incomum na classe média. “Muniz Sodré em seu livro Sociedade, Mídia e Violência diz: Primeiro, deve-se considerar a crescente exposição pública da violência desmedida exercida contra dissidentes políticos e cidadãos comuns por aparelhos do Estado, apoiados financeira e psicologicamente Por elites empresariais, durante os períodos de exceção constitucional”. “Segundo, deve-se levar em conta, após o retorno à dita normalidade do ordenamento jurídico, a progressão dos crimes de “colarinho branco” em que se envolvem as altas figuras das elites brasileiras”. “Terceiro, a ausência das clássicas mediações - ético-políticas, entre os dispositivos de organização social e a dinâmica comunitária”.
Apesar da sábia colocação e das conotações que levam à violência desenfreada as autoridades do Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário tomam medidas apenas paliativas e como suporte dessa assertiva estão as CPIs ( Comissões Parlamentares de Inquérito) que sempre terminam em pizzas regadas a marmelada. Finalizando temos a parte da mídia que nesse emaranhado de coisas é menos discutida do que se deveria. Contribuir com sua pujança, sua força ou de algum outro modo para o esclarecimento dessa falta de vergonha que se transformou em vírus e contaminou os homens abonados desse sofrido país. Só poderemos pedir juízo e prudência, pois a falta de vergonha espelha por todos os lados, e o reflexo daninho sobra para os pobres e a classe média que se aterrorizam e sofrem com o pagamento exorbitante de impostos para cobrir os rombos das falcatruas da maioria dos corruptos brasileiros.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE