A Humanidade Pós Pandemia

Pandemia: Palavra de origem grega, usada pela primeira vez por Platão com um sentido genérico, referindo-se a qualquer acontecimento capaz de alcançar toda a população.

Em princípio a Era-Digital que se seguirá a esta Pandemia é quem ditará as regras e a população é quem literalmente fará as normas e não o Governo.

Desse modo tudo leva a deduzir que pós-pandemia haverá um esforço generalizado no sentido de se criar um governo central de maneira atuar emergencialmente em assuntos degradantes que possam levar a humanidade a níveis pandêmicos.

Tal governo atuará em caráter não político, não militar, não religioso, nem de outros interesses particulares quaisquer, mas científico e com sede em lugar neutro tal como a Antártica ou mesmo em uma ilha feita artificialmente; tipo Dubai.

Não obstante ser imprescindível o reconhecimento de que estamos saindo de uma Segunda Idade Média e entrando num Novo Renascimento; para não ser levado a repetir erros anteriores que levem à pandemias e, por conseguinte, ter que reinventar máscaras.

Como as pandemias começaram.

Consta que há cerca de 3,5 bilhões de anos os primeiros seres vivos, bactérias rudimentares, se multiplicava nos oceanos. Algumas tornavam seu DNA mais complexos, ganhando genes novos e, com eles, habilidades bioquímicas inéditas. Outras, pelos contrários, foram abandonando genes, até ficarem RNA tão simples que começaram a invadir o maquinário de bactérias normais para se reproduzir.

Dessa maneira começa a história das pandemias.

Semelhantemente, para falarmos de pandemias em relação à humanidade, temos de nos reportamos às cavernas não de Platão, mas às cavernas do placentário mamífero sobrevivente conhecido por musaranho; quando da pandemia que eliminou 70% de todas as espécies da terra há 65 milhões de anos.

Foi a partir da mudança de mundo saído das cavernas daquele pequeno mamífero sobrevivente que nasceria a necessidade de se enxergar a vida também pelos ouvidos.

É exatamente o morcego, único mamífero alado do planeta e descendente mais próximo do musaranho, que se tornou um especialista em ver também pelo ouvido pós aquela pandemia.

Por conseguinte foram necessários 65 milhões de anos depois para vir os primatas da contemporaneidade, tais como Sócrates, Platão e Jesus alertando para a humanidade não se ater a uma acuidade exclusivamente visual, mas continuar evoluindo em direção à auditiva. “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Mateus 11:15).

Lá, o morcego aprendeu sair de suas cavernas voando com asas próprias e vendo além dos próprios olhos. Aqui, o primata só aprendeu – com as pandemias - a inventar asas mecânicas de avião para voar, radar e sonar para ouvir e reservando a visão para usá-la para o próprio deleite. Crescer na carne, para ser mais explícito.

Nas cavernas das pandemias glaciais o máximo que o Neandertal obteve foi retratar uma visão em duas dimensões: As pinturas rupestres.

Na pandemia do final da Idade Média temos Leonardo Da Vinci retratando pinturas em três dimensões.

Nesta pandemia da pós-modernidade o máximo que estamos chegando é transmitir imagem em quatro dimensões.

De qualquer modo a Idade Média Baixa levou a humanidade a rever seus conceitos de evolução. Somente que as revoluções que se lhe seguiram, principalmente as industriais, levou mais à obesidade do corpo aquela energia que poderia ser gasta em evolução da humanidade.

Com a saída dessa Segunda Idade Média Baixa, entra a Quarta Revolução Industrial – Revolução 4.0. – Firmada na máquina dita inteligente. Todavia levando a humanidade a sair de uma obesidade do corpo para uma obesidade da mente.

Nesta as pessoas terão preguiça de pensar. A preguiça tornar-se-á um elemento comum em nossa sociedade, estimulada pela facilidade que as tecnologias nos proporcionam. A preguiça intelectual terá sido, desta vez, a mais forte característica de nosso tempo.

As dúvidas socráticas, as afirmações de Platão e as convicções de Jesus continuarão sem análise e sem aceitação.

É claro que depois dessa Pandemia haverá uma corrida desenfreada por alimentos naturais ao invés dos processados industrialmente, com o fito de evitar a obesidade do corpo em detrimento da mente. Todavia com uma população beirando os 8 bilhões de habitantes fica praticamente impossível o solo do nosso já desgastado planeta dar conta desse recado.

Dá para deduzir que haverá também uma necessidade premente de diminuir a população do mundo.

Enquanto não, os governos vão ter que correr para evitar uma nova Pandemia: A da fome.

Considerando que esta já é, a muito, endêmica.

Convenhamos:

83% da evolução da vida é obtida pela visão e 11% pela audição. O que dá um respaldo de 94% para a evolução que aconteceu com mamífero alado morcego. Levando para o lado humano dá a entender que ainda há muitas pandemias a enfrentar ao longo da evolução...

Edmilson N Soares
Enviado por Edmilson N Soares em 04/09/2020
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