UM CORPORATIVISMO QUE AMARGA O CONCEITO DE JUSTIÇA
Usar a farda da polícia militar como escudo, como proteção para as suas taras, a má índole foi o que fez o policial que não teve o nome revelado. O indivíduo se aproveitou de uma diligência que já tinha ocorrido anteriormente, mas alegou que precisava de mais indícios no endereço da produtora cultural que também não foi divulgado o nome, por motivos óbvios. Esse bandido se valendo da farda teve facilidade de adentrar no apartamento da mulher para satisfazer os seus instintos primitivos.
O estupro ocorreu na sul de Copacabana no Rio de Janeiro.
Segundo a reportagem da Universal/Uol, ao chegar no batalhão depois de ter ido ao IML fazer os exames de praxe,a produtora se sentiu constrangida diante das perguntas fora de contexto em que foi submetida. Observemos, a vítima foi uma mulher de classe média alta, acompanhada por advogada,mesmo assim nada disso a impediu de sofrer do mal-estar onde foi desqualificada como vítima segundo a produtora no referido batalhão.
A vitima disse que vai precisar mudar por temer algo bem pior com a vida dela. Enquanto isso, o militar foi poupado de expor o seu nome. É está claro que existe ai um corporativismo, o que não é novidade, não só na policia militar como em muitas profissões. Esse tipo de atitude é cultural,que deixa um vazio no que tange na busca de justiça pelas vítimas.
Por mais que se diga que a instituição militar não é atingida, na verdade é sim, ao priorizar o encobertamento do meliante. Ora, como já se falou tempos atrás, as instituições foram feitas pelos homens, e quem as regem são os homens.
O policial foi filmado pelas câmeras onde ele foi flagrado em um dos pontos do edifício que dava para o apartamento da produtora. A pergunta que não quer calar, por que o nome foi omitido? Tá, parece que tem uma nova determinação em que só pode divulgar o nome quando toda investigação for terminada, não me convence, no caso dele não tem muito o que investigar, as provas estão as claras, inclusive com o depoimento do zelador do edifício, isso se chama mesmo de corporativismo puro.
Vivemos quer queiramos ou não num fascismo disfarçado de democracia.