O amor que ainda não vivi

Olha, sinceramente eu não sei como vai ser. Não sei quando você irá chegar, se será na esquina de casa ou se vou esbarrar com você em um bar. Pode ser também que a gente se conheça na fila do cinema ou do outro lado do mundo. Também tem a hipótese de um amigo em comum nós apresentar e tentar bancar o cupido ou pode ser apenas um reencontro. Na verdade, eu não faço ideia de como e nem de onde irá ser. Se você vai gostar de ver o pôr do sol comigo ou se vai preferir admirar a lua. Não sei se você vai gostar de assistir clichês românticos ou vai preferir maratonar desenhos comigo. Não sei se irá preferir azul à preto. Se irá ser melhor em exatas do que eu - se bem que isso, qualquer um. Mas ainda sim, não faço ideia se terá cabelos escuros ou claros. Se seu olhos irão se fechar ao sorrir ou se terá covinhas. Se irá gostar de pagode como eu gosto ou se irá preferir outro estilo. Se sua bebida favorita é vinho ou cerveja ou até mesmo um suco. Se você sabe tocar algum instrumento ou se também curte escrever. Não tenho a mínima noção do seu humor pela manhã ou quando está com fome. Não sei se é viciado em café como eu, e se prefere cachorro à gato. É fato que eu não sei nada sobre você, mas acredito que você me fará viver o amor que ainda não vivi. Pode parecer ingenuidade da minha parte acreditar nisso ainda, pois atualmente o amor se tornou utópico. Mas algo em mim me diz que você virá - sim, há algo que me faz acreditar que eu nem sei como explicar. Eu só sei que você vem. E que quando chegar não será do jeito que quero, mas do jeito que mereço.

Te espero ansiosa, mas sem pressa.

Ana Carolina Dutra
Enviado por Ana Carolina Dutra em 06/08/2020
Reeditado em 12/12/2021
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