Hoje a pressa é nossa

Uma vida que não vale a dívida da tristeza, pintada no excesso da exigência da estética dos valores de beleza exacerbada e inútil, é o triunfo da futilidade em meio ao que deveria ser simples.

Quem paga a gananciosa conta deste caos social?

O medo da derrota que atraí a miséria, a nobreza condenou o pobre à favela.

A mão frauda, a boca mente e a consciência agora é como máquina de contar e esconder dinheiro. É tanta ficção transformada em transtornáveis realidades. Morreu outro pobre, morreu a criança de fome e morre a esperança do que é direito, está tudo evidenciado nas mídias sociais, não é mesmo?

Tudo lindo e belo como aquela linda música de fim de ano “hoje é um novo dia de um novo tempo que começou”, é? E quando foi que começou? Antes ou depois do cheque em branco.

De fato a esperança se renova, mas não é na facilidade que transborda em rostos felizes pagos para atuar, a esperança verdadeira se renova na criança que tem onde estudar, no pobre que tem onde morar e o que comer, no pai e na mãe que buscou emprego e o encontrou, na equidade de uma vida digna entre todos, no respeito ao próximo e entre outras muitas coisas que a TV não te mostra, pelo menos com esse enfoque, lá é tudo em busca de grana e para te manter alienado aos novos dias que serão de todos, afinal é só querer, pois “todos os sonhos deles serão verdades e o futuro já começou”…

Você já percebeu que não está de fato participando dessa festa e que na tua testa está escrito alienado. Hoje a pressa é nossa de se libertar e viver.