Novas Amigas

E assim, inesperadamente, sem qualquer plano ou aviso, elas surgem, as duas, e passam a fazer parte da minha vida.

S. primeiro, abrindo portas, janelas, coração e sorrisos. Sem cerimônia alguma, vai conquistando todos que se aproximam, e que se cuidem os mais reservados, pois vão sucumbir cedo ou tarde. Não há como não se sentir bem ao seu lado. E assim, novamente sem-querer, descobrimos sonhos comuns e, quem sabe, conjuntos de palavras e afetos compartilhados num futuro próximo. Ah, S. cantante, como vejo em você muitas G. que fui ou sou ou quero ser! O que será que me trouxe até aqui, até você? Será que existem muitas como nós? Além do canto na praia, temos ainda muito a compartilhar.

E com S. surgiu I., tímida, meiga, delicada. Ledo engano! Atrás de uma aparência de menina insegura, descobre-se logo uma mulher de personalidade definida e forte, que defende suas opiniões formadas em fontes sólidas. I. me desperta sentimentos ambíguos de proteção e admiração, e me deixa honrada com a atenção e o respeito que me dirige. Sua inteligência privilegiada não a impede de reconhecer ignorância nos mais variados temas, e seus olhos brilham quando faz novas descobertas. Também com I. descobri afinidades inimagináveis e isso me faz pensar novamente se essas novas amizades são presentes do acaso ou se são conquistas construídas ao longo da vida dessas três personagens, agora fadadas a usufruir o melhor que podem compartilhar de si mesmas.

Que assim seja!

(28 Fevereiro 2020)

Anelê Volpe
Enviado por Anelê Volpe em 05/08/2020
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