BEIJOS MOLHADOS SABOR CUBA LIBRE

 
Lembro-me hoje das brincadeiras dançantes,  do dançar coladinho. Das carícias nas costas, aquele cheiro de colonia cítrica, daquele mistério que era abraçar uma pessoa desconhecida, e dançar na luz negra ao som do Bee Gees, sentindo aquela respiracão morna  em nosso ouvido. Um entrosamento tão natural e tão simplista entre duas pessoas que nunca se viram! E as musicas nos transportavam a lugares inimagináveis.

Correr pelas ruas, procurando emoção, saindo na chuva, descalça,  os cabelos ensopados, o vestido grudado na pele, abrindo a boca para comer o gelinho que caia do ceu. Quero de volta aquela magia, de ficar o dia todo na piscina,  e a noite vestir aquele vestido branco, curtinho, soltar os cabelos lavados com sabonete Phebo, colocar o perfume "Coutoure".

Um tempo onde o flertar era uma moda significativa, quando os olhares se encontravam a distancia com tamanha intensidade, que parecia até um toque de pele.  Aquela juventude onde os torpedos eram os corações que ribombavam tão alto, quando aprendiamos a beijar de lingua,  os emails eram os olhos que falavam, sem falar naquela mao que ousava entrar por dentro de nossa roupa, estremecendo os sentidos diante do proibido.

Quero de volta esse tempo do sentir com o olhos, tudo regado a beijos molhados sabor cuba libre.

Tema: EMOCAO PERDIDA

 
Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 04/08/2020
Código do texto: T7026011
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