QUE OBRA DIVINA, QUE NADA.
Esta crônica é baseada em fatos reais (como se a demais também não fossem). Há uns bons anos, eu estava passeando numa praia na cidade israelense Netanya quando encontro na areia um cubo feito de pedra, com dimensões perfeitas. Quando o peguei nas mãos, fiquei extasiado. Como era possível que a natureza tivesse moldado aquelas formas tão perfeitas? Quantos milhares de anos tinham sido necessários para formar aquelas 6 faces tão simétricas? Coloquei a pedra no bolso com a sensação de ter encontrado uma joia rara. Algo como presente dos céus. E eu fui o escolhido para ser presenteado com a obra divina. Voltei depois de algum tempo ao Brasil e perdi a conta para quantas pessoais apresentei a minha pedra em formato de cubo - e todos também ficavam estupefatos ao ver a preciosidade inusitada. Isso vigorou até que eu mostrasse a um professor de Química no Colégio Equipe onde eu estudava e que solucionou o enigma em 30 segundos: aquela pedra era composta por um mineral que tem sua estrutura molecular em formato de cubo. Nada de obra-prima da natureza. E assim caí do cavalo achando que tinha sido privilegiado com um recado de Deus justamente na Terra Prometida.