Monumentos
Quaisquer monumentos simbolizam as memórias do ser humano, tanto para os seus grandes feitos, como para os seus grandes horrores. E para isso a forma do monumento não importa, mas importa a sua representatividade e referência. Que tal destruir o Monumento da Paz em Hiroshima, o Monumento às Grandes Navegações em Lisboa? Que tal acabar também com as datas comemorativas, que também representam formas de monumentos de memórias implícitas? Assim não teríamos que lembrar às gerações futuras os erros e os acertos do ser humano, garantindo a obscuridade sobre o lado “íntegro, impecável” da humanidade. Destruir monumentos talvez ajude a fomentar o lado idiota da humanidade em fingir eternamente que não tem erros e nem acertos, caminhando sem referência alguma em direção ao futuro do “nunca antes”. Apagar as memórias também é conhecido como lavagem cerebral.
(DFholanda, Aclimação, 12junho2020)